Com catimba e Di María decisivo, Argentina bate Brasil, encerra jejum e vence a Copa América

A espera acabou. 28 anos depois, a Argentina pode, enfim, soltar o grito de "É campeão!". Na noite deste sábado, a Albiceleste foi certeira, aproveitou a última chance que teve com Di María e garantiu, em pleno Maracanã, o título da Copa América: 1 a 0.

A conquista significa e muito para a geração liderada pelo craque Lionel Messi, que, apesar de não ter sido protagonista na decisão, foi o melhor jogador e grande personagem desta conquista e colocou de vez seu nome na história do futebol do seu país.

Além de eternizar seu camisa 10, o selecionado argentino faz história e se iguala ao Uruguai como o maior campeão da Copa América, com 15 conquistas.

Di María alimenta desejo albiceleste

O primeiro tempo da decisão da Copa América foi decidido no detalhe. Como era de se esperar, Brasil e Argentina protagonizaram um duelo duro, estudado e com pouquíssimos espaços de parte a parte.

Considerados os grandes protagonistas do confronto e da competição, Messi e Neymar (muito bem marcados) pouco tiveram a bola. Com muita marcação dos dois lados, o Superclássico foi, na maior parte do tempo, truncado e picotado.

Na única grande oportunidade criada na primeira etapa, saiu o gol da Argentina. Aos 22 minutos, De Paul arriscou lançamento de muito longe para Di María, que aproveitou a indecisão de Renan Lodi, invadiu a área e, com muita categoria, encobriu Ederson para balançar as redes no Maracanã.

Com a vantagem, o time comandado por Lionel Scaloni fechou ainda mais a casinha e dificultou a vida da seleção brasileira, que buscou reagir, mas não encontrou soluções para mudar o quadro na primeira etapa.

Argentina "catimba", se segura e encerra jejum histórico

Na volta do intervalo, Tite promoveu a entrada de Roberto Firmino no lugar de Fred, o que tornou o Brasil bem mais ofensivo. Funcionou. O time canarinho passou a ter mais volume ofensivo e criou oportunidades para empatar, algo que não aconteceu na etapa inicial.

Logo aos sete minutos, Richarlison recebeu de Paquetá pela direita, invadiu a área, tentou o cruzamento e, na sobra, mandou para o fundo das redes. Seria o empate, mas o Pombo foi flagrado em posição de impedimento. Nada feito. Pouco depois, Richarlison teve outra chance para igualar o marcador, mas parou em boa defesa de Martínez.

Dando sentido à sua essência, a Argentina, além de se defender muito bem, utilizou da "boa" e velha catimba para ganhar tempo e minar o fator psicológico dos brasileiros no Maracanã. 

A batalha se intensificou ainda mais nos minutos finais. Já com Gabigol, Vinícius Junior e Emerson Royal em campo, o Brasil foi com tudo para o ataque e jogou todas as suas fichas pelo gol de empate. Gabriel Barbosa ainda teve duas boas chances, mas não conseguiu. Fim de papo e de jejum história da Argentina, grande campeã da Copa América.