Foi, provavelmente, a maior partida da carreira de Gosens. O ala foi protagonista em Munique, e a Alemanha venceu Portugal, de virada, por 4 a 2.
O resultado embola o grupo F da Eurocopa, que tem a França em primeiro, com quatro pontos, seguida por portugueses e alemães, com três, e pela Hungria, que tem um. Na última rodada, a França pega Portugal, enquanto a Alemanha decide a vaga diante da Hungria.
O jogo começou com o VAR, começou com um lance de muita dúvida. Thomas Müller ganhou dividida no meio, com o uso do braço, e abriu bola para Kimmich, que cruzou para Gosens completar para a rede. A arbitragem, no fim das contas, marcou impedimento de Gnabry, que não chegou a tocar na bola, mas tentou desvio antes de Gosens.
O lance não desanimou os alemães, que começaram a partida empurrando a seleção lusa para trás. Havertz, aos nove minutos, mandou arremate no cantinho e Rui Patrício se jogou para fazer bela defesa.
Portugal foi fatal quando respondeu em contragolpe aos 14. Bernardo Silva arrancou pela direita e virou o jogo para Diogo Jota. O atacante do Liverpool, frente a frente com Neuer, rolou para Cristiano Ronaldo, que apareceu após arrancada impressionante, só empurrar para dentro.
A seleção portuguesa aproveitou que os alemães sentiram o golpe e chegou perto do segundo gol logo na sequência. Raphael Guerreiro fez o cruzamento e Rúben Dias mandou cabeçada para fora.
Demorou um pouco, mas os alemães se recuperaram do golpe e, aos 34 minutos, Gosens voltou a aparecer nas costas de Nelson Semedo. O ala dessa vez mandou para o meio da área para Havertz, e Rúben Dias acabou desviando para marcar contra e empatar o duelo.
A virada não demorou muito, e a jogada foi basicamente a mesma... Gosens avançou com liberdade pela canhota e tocou para trás, Müller cruzou e, depois de a bola passar por Havertz, Kimmich mandou para trás. Tentando cortar, Raphael Guerreiro marcou contra.
Bernardo Silva e Semedo, em nenhum momento, conseguiram frear Gosens, que ainda ameaçou abrir 3 a 1 em chute bem defendido por Rui Patrício. Foi uma partidaça do ala da Atalanta...
Fernando Santos não fez nada no intervalo para ajustar a marcação em Gosens. A entrada de Renato Sanches no lugar de Bernardo Silva não evitou as descidas perigosas do ala e, logo aos seis minutos, Gosens recebeu de Müller com total liberdade, cruzando para Havertz empurrar para dentro.
Ao longo do segundo tempo, Portugal foi tentando ajustar a marcação em Gosens, que conseguia dar uma amplitude perfeita ao time alemão. Bruno Fernandes chegou a cair naquele lado do campo, e depois entrou Rafa, que pareceu, enfim, ajustar a marcação.
O sucesso de Rafa, porém, durou pouco. Em lance que os portugueses, mais uma vez, fizeram pressão ao portador, com o time orientado ao lado da bola, Rafa acompanhou Gosens até o último minuto. Até que, simplesmente, desistiu. E parou. Gosens subiu livre na área para marcar de cabeça.
Os portugueses ainda conseguiram voltar ao jogo através de uma bola parada. Cristiano Ronaldo desviou bola na segunda trave e Diogo Jota empurrou para dentro.
O jogo mudou de cara principalmente pela saída de Gosens. Portugal cresceu e Renato Sanches, com uma pancada de fora da área, balançou o poste. Se a bola entrasse... Mas não entrou, e a distância no marcador ficou grande demais. No fim, não houve reação portuguesa.
2-4 | ||
Cristiano Ronaldo 15' Rúben Dias 35' (g.c.) Raphaël Guerreiro 39' (g.c.) Diogo Jota 67' | Kai Havertz 51' Robin Gosens 60' |