Um dia antes da estreia da seleção brasileira na Copa América, o técnico Tite confirmou que a comissão técnica e o grupo de jogadores pediram ao então presidente da CBF, Rogério Caboclo, que a competição não fosse disputada em solo brasileiro.
"Eu pedi, os atletas pediram, o Juninho pediu antes de ela ser definida que ela fosse no Brasil. Antes, nós pedimos antes. Nós fomos leais e pedimos antes. Antes de levar ao presidente da República, ao país, colocamos essa situação que não gostaríamos, pelo respeito, por tudo o que estava envolvendo, por um lado sentimental. Ficamos à mercê, pediram tempo para nós, aí a situação ficou definida e ficamos expostos", começou por dizer o treinador.
Com a sede já definida e o torneio prestes a começar, Tite reiterou o compromisso dos atletas nos próximos jogos, a começar pelo duelo com a venezuela, no domingo.
"Colocamos que somos contrários à realização da Copa América e não vai ter desculpa agora. Não tem bengala, muleta. Vai jogar. Vamos nos cuidar da melhor maneira possível e vamos jogar com a exigência", afirmou.
Tite comentou ainda a denúncia de assédio sexual de uma funcionária da CBF contra Rogério Caboclo. O treinador foi mais firme do que na última coletiva, na qual afirmou que a comissão de ética da CBF iria julgar da melhor forma.
"Eu tenho uma opinião e vou repeti-la. O fato é gravíssimo. Assédio não! Tenho respeito à coragem da funcionária por um assunto tão difícil ser exposto. Eu torço para que a Justiça de todos os envolvidos venha de forma clara e justa", garantiu.
Enquanto a Venezuela sofre com destaques após um surto de Covid, Tite já definiu a seleção brasileira para a estreia. O time não muda muito com relação a vitória sobre o Paraguai, durante a semana. Alisson, que volta ao gol, e Renan Lodi, que entra na lateral, são as únicas novidades.
O Brasil deve entrar em campo no Mané Garrincha com Alisson, Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Renan Lodi; Casemiro, Fred e Lucas Paquetá; Gabriel Jesus, Richarlison e Neymar. A bola rola às 18h.