O futebol é repleto de casos curiosos de jogadores que se transformam, para o bem e para o mal, em situações específicas: com a camisa da seleção, em clássicos e grandes jogos, contra algum adversário específico. E Rony parece ser protagonista de uma destas estranhas metamorfoses quando entra em campo com a camisa do Palmeiras na Libertadores. Ninguém parece capaz de o parar, liderando ao mesmo tempo as estatísticas de gols e assistências desde 2020.
Fundamental na vitória contra o Defensa Y Justicia, Rony marcou os dois gols da vitória por 2 a 1 e recebeu elogios de Abel Ferreira - "o jogador que qualquer treinador quer ter". O atacante já está na briga pela artilharia, com quatro gols em três partidas, e ainda colaborou com uma assistência na atual temporada, somando cinco participações diretas em gols.
Rony já tinha sido peça-chave para a conquista da Libertadores em 2020. O atacante marcou cinco gols na temporada passada e foi o campeão de assistências, com oito. Foram 13 participações diretas em gol somando as duas estatísticas, em 11 jogos.
Ninguém chegou perto dos números de Rony neste período. Com nove gols, o atacante está a frente do artilheiro de 2020, Fidel Martínez, dono de oito gols, e de Santos Borré, nome disputado no Brasil e autor de sete gols pelo River Plate. O atacante alviverde lidera também com folga nas assistências, com nove passes para gol entre as duas campanhas - Emmanuel Martínez soma sete pelo Barcelona.
O mais curioso no caso de Rony, no entanto, é a diferença de desempenho quando atua pela Libertadores. Se tem nove gols e nove assistências em 14 jogos pelo Palmeiras no torneio, com média de 1,28 participações diretas em gol por partida, o rendimento em outros torneios é outro. Foram 46 jogos ao todo se excluirmos a competição sul-americana, com sete gols marcados e duas assistências, uma média de 0,19 participações diretas em gol por partida.
Não é por acaso que Rony ganhou o apelido de "Senhor Libertadores"...