Sem Mbappé, machucado, o Paris Saint-Germain sucumbiu no Etihad. Neymar tentou, mas foi pouco eficiente e esteve mal acompanhado. O Manchester City aproveitou, contou com a estrela de Riyad Mahrez e, com dois gols do argelino, voltou a vencer o PSG para se garantir na final da Liga dos Campeões.
A histórica vaga dos Citizens foi confirmada com duas vitórias: 2 a 1 foi o placar na ida. A equipe de Pep Guardiola aguarda na decisão quem passar de Chelsea x Real Madrid, que se enfrentam amanhã em Londres, com vantagem do 0 a 0 para os Blues (a ida foi 1 a 1 em Madri).
A tempestade de granizo em Manchester antes do início de jogo deixou o gramado branco e escorregadio. Era visível a dificuldade dos jogadores nos primeiros movimentos do jogo.
Entre uma escurregadela e outra, o Paris Saint-Germain foi a equipe dominante nos primeiros minutos de jogo. Ao contrário do que fez em Paris, a equipe de Maurício Pochettino adotou postura mais proativa, mesmo sem Mbappé. Aos seis minutos, o holandês Björn Kuipers chegou a assinalar pênalti por toque no ombro de Zinchenko na área, mas voltou atrás ao ver o lance no vídeo.
Aos dez minutos, Ederson tirou o City do sufoco com um lançamento espetacular para Zinchenko. O ala avançou e rolou para Kevin De Bruyne, que viu o arremate pegar na defesa. Na sobra, porém, Mahrez foi mais rápido (e mais esperto) que Diallo e mandou a bola para o fundo da rede.
A tarefa para o PSG seguia a mesma: marcar dois gols. Marquinhos quase tornou a tarefa mais viável ao subir com tudo na área e mandar cabeçada no travessão. Di María, no lance seguinte, mandou chute raspando o poste. A cara do jogo não mudou...
Era estranho ver o time de Pep Guardiola todo atrás da linha da bola, esperando um contragolpe. A vantagem no jogo mais importante da temporada fez os Citizens alterarem sua estratégia. Do outro lado, apesar de toda a pressão, faltava a velocidade imposta por Mbappé aos parisienses.
No segundo tempo, o PSG errou mais e também cedeu mais espaço ao rival. Phil Foden deu trabalho duas vezes a Navas no início: na primeira o inglês estava impedido, mas na segunda a defesa do goleiro fez toda a diferença.
Se sofria mais na defesa, por outro lado os parisienses não conseguiam ser mais perigosos no ataque. Como em toda a fase mata-mata da Champions, faltava eficiência na hora do arremate para Neymar. Mauro Icardi, por sua vez, era um a menos em campo.
Com 17 minutos, Pochettino mudou as peças no ataque. Draxler entrou para fazer companhia a Neymar, Verratti e Di María na criação, enquanto Moise Kean substituiu Icardi. Não deu tempo, porém, de observar se a alteração ia dar certo.
Aos 18 minutos, os franceses estavam todos adiantados em campo, esperando uma cobrança de falta de Neymar. O lance não resultou. Foden, então, puxou contragolpe com De Bruyne. Um, dois. A jogadaça acabou com Foden livre na área. O jovem inglês cruzou do outro lado para Mahrez, o nome da noite, só empurrar para dentro.
O desespero pelo marcador fez o ataque parisiense tomar quase sempre as piores decisões possíveis. Outro fator que impossibilitava qualquer chance de reação era a partida fenomenal que fazia Rúben Dias. A situação pirou ainda mais depois que Di María, que já fazia partida apagada, agrediu Fernandinho e foi expulso de campo.
O PSG não só abaixou a cabeça, como também a perdeu. Arriscou mais expulsões e viu o rival se aproximar de mais gols. Foden acertou chute na trave com a canhota e parou em Navas com a direita. Foi um jogaço de Foden, de gente grande!
Guardiola ainda colocou no fim Gabriel Jesus e Sergio Kun Agüero, mas o 2 a 0 se manteve. Foi suficiente para Pep voltar a uma final de Champions, e para o City, finalmente, lá chegar.
2-0 | ||
Riyad Mahrez 11' 63' |