Cauteloso no primeiro tempo e desorganizado no início do segundo, o Tottenham sucumbiu em casa. O Liverpool foi superior e venceu por 3 a 1 para voltar ao G4 do Campeonato Inglês.
Os Reds chegam aos 37 pontos, deixam o West Ham para trás e ficam agora a quatro pontos do líder, Manchester City. Com 33, os Spurs deixam os líderes se afastarem.
Os dois setores ofensivos estavam postados para ataques rápidos. Eram três atacantes avançados de um lado, três do outro. Em três minutos, cada lado teve uma chance. Ninguém saiu na frente...
A oportunidade do Liverpool surgiu de um lançamento de Alexander-Arold para Sadio Mané. O senegalês tabelou com Salah e aproveitou espaço nas costas de Aurier para sair na cara do gol. O ponta, porém, chutou torto, para fora. Na resposta, Ndombélé puxou o ataque e abriu para Son, que mandou para rede após tabelar com Kane, mas o VAR assinalou um impedimento.
O grande segredo da partida era o posicionamento das linhas de defesa. Um milímetro de mal posicionamento poderia deixar um atacante na cara do gol e, pior que isso, em posição legal para marcar. Os atacantes, em resposta a isso, tinham de escolher o momento exato para arrancar.
Aos poucos, o Tottenham foi dificultando esse tipo de jogada para o rival. Firmou cada vez mais uma linha de cinco defensores, e o esquema nos momentos defensivos ficava uma espécie de 5-3-2. Os Reds se adiantaram, levando o jogo com mais paciência para o campo adversário. Aos 23, após longa troca de passes, Mané tabelou com Salah e desviou para o gol, parando em defesa atenta de Lloris.
Mané foi o jogador mais perigoso do primeiro tempo. Mesmo diante de uma defesa bem fechada, completamente simétrica, o ponta conseguiu ameaçar em alguns momentos. Na última chance de finalização que teve no primeiro tempo, recebeu de Firmino na área e bateu forte, mas Lloris, bem colocado, espalmou.
Mané não brilhou como artilheiro, mas como garçom. Já no último minuto de acréscimo antes do intervalo, o senegalês recebeu excelente lançamento de Henderson nas costas da zaga, matou no peito e ajeitou para Firmino, na pequena área e sem goleiro, só cutucar para o fundo da rede.
No intervalo, Mourinho desfez a linha de cinco com a entrada de Harry Winks na vaga de Aurier. No ataque, Lamela entrou na vaga do lesionado Kane. Enquanto ainda se reajustava em campo, o Tottenham levou o segundo gol: Mané chutou, Lloris soltou e Arnold, no rebote, bateu bonito para balançar a rede.
Só que a resposta dos Spurs foi imediata. Hojbjerg foi ao ataque, recebeu bola na entrada da área e bateu com violência, sem chance de defesa para Alisson. O jogo ficou aberto, com os londrinos bem avançados em campo.
O Liverpool ficou com muito espaço para contra-atacar e, aos dez minutos, ameaçou voltar a ficar com dois gols de frente. Salah chegou a mandar para a rede em contragolpe, mas o lance foi anulado por mão de Firmino na origem.
O sofrimento dos londrinos só foi postergado. Minutos depois, Arnold avançou pela direita e fez o cruzamento. Joe Rodon, novidade no time, não conseguiu o corte e Mané concluiu para estufar a rede defendida por Lloris.
Além de desorganizado, o Tottenham ficou sem forças no segundo tempo. Sem poder de reação com as alterações propostas, se conformou com o resultado e não voltou a ameaçar Alisson.
1-3 | ||
Pierre Højbjerg 49' | Roberto Firmino 45' Alexander-Arnold 47' Sadio Mané 65' |