Após a eliminação na Copa Libertadores, o técnico do Flamengo, Rogério Ceni, deu sua visão sobre a eliminação para o Racing, da Argentina. Para o comandante, em caso de triunfo flamenguista nos pênaltis a visão da partida seria muita diferente.
"Com 11 jogadores contra 11, um time matando o adversário o tempo inteiro. A gente perde um zagueiro, arrisca tudo e consegue chegar ao empate. Esse talvez seja o grande valor a ser dado. Se o resultado nos pênaltis fosse diferente, seríamos tratados como heróis. Como não foi, temos que dar explicações. Futebol tem o imponderável, e isso a gente não pode controlar", declarou Ceni após a eliminação.
O comandante do Flamengo explicou algumas de suas escolhas durante a partida. Criticado por parte da torcida, Ceni falou sobre as condições físicas do atacante Pedro, que voltava de lesão. Segundo o treinador, o artilheiro não reunia condições de atuar por mais de 30 minutos.
"Reforçamos o meio, abrimos Vitinho pela direita e Bruno Henrique pela esquerda, arriscando um pouco mais para manter a pressão. O Pedro não tinha condições de jogar 90 minutos. Avaliamos que 30 minutos era o que poderia entregar de melhor para gente. Pedro vinha de lesão, treinou apenas dois dias com a gente e não tinha condições de jogar uma partida inteira. Seguramos o máximo que deu para colocá-lo", disse o técnico.
Por fim, Ceni falou sobre o peso de mais uma eliminação à frente do clube. Depois de se despedir também da Copa do Brasil, o técnico projeta a conquista do único campeonato em disputa para o Flamengo daqui em diante, o Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro é o terceiro colocado na tabela, atrás de Atlético Mineiro e São Paulo.
"O peso é gigantesco. A Libertadores tem o maior significado dos campeonatos que nós jogamos na América do Sul. Não há como mensurar o tamanho, o prejuízo financeiro, de confiança, o que pode afetar para o dia a dia. O que temos que fazer é continuar trabalhando firme, fazer com que a equipe produza mais para conquistar o último título, que é o Brasileiro", finalizou Rogério Ceni.