Wolves supera tensão por Jiménez, joga melhor e derrota o Arsenal fora de casa

O Wolverhampton foi valente fora de casa, propôs o jogo, se apresentou melhor que o Arsenal e somou três pontos valiosos na tabela da Premier League. A vitória por 2 a 1 sobre os Gunners foi construída no primeiro tempo, que também ficou marcado pela preocupação com o atacante mexicano Raul Jiménez.

Com a vitória, o Wolves pega o elevador na tabela e ganha cinco posições, saindo de 11º para o 6º lugar, ficando a um ponto do G-4 para a Liga dos Campeões. O Arsenal, por sua vez, segue em péssima fase, com uma vitória nos últimos seis jogos e fica na 14º posição. Confira a tabela da Premier League.

Muita tensão e gols

A atenção dos minutos iniciais de bola rolando foi roubada pelo longo ambiente de tensão no gramado. O relógio marcava os quatro minutos quando, em um escanteio para o Arsenal, David Luiz e Raul Jiménez chocaram cabeças na área. Pior para o atacante mexicano, que precisou de mais de 10 minutos de atendimento e teve que deixar o campo de maca. O lance claramente abalou os evolvidos na partida. Ensanguentado, com um curativo, David Luiz seguiu em campo.

Com a bola rolando, a partida demorou para engrenar, mas um gol mudou tudo. Aos 27 minutos, João Moutinho encontrou Adama Traoré na ponta direita, o espanhol avançou com muita velocidade e cruzou para o meio da área. Dendocker apareceu como um centroavante na área e cabeceou a bola no travessão. Na sobra, o atacante Pedro Neto não perdoou, 1 a 0.

 O gol deu novo ânimo para a partida, que se tornou bem movimentada. Em jogada ensaiada de escanteio de Willian com Bellerín, o brasileiro tocou para o espanhol na entrada da área e recebeu de volta. Depois, Willian cruzou na área, na medida para Gabriel Magalhães cabecear firme e empatar a partida.

Mesmo jogando fora de casa, o Wolves não se acovardou. Na verdade, o time de Nuno Espírito Santo foi melhor no primeiro tempo. Poderia ter retomado o placar na mesma moeda, após lance de escanteio com Dendocker, mas foi em contra-ataque que o segundo gol saiu. Em lance rápido, inciando-se com Rui Patrício no gol, Pedro Neto recebeu na intermediária, avançou e arriscou de fora da área. Leno cedeu o rebote e Podence apareceu para aproveitar, 2 a 1.

Arsenal melhora, mas não é suficiente

De volta ao segundo tempo, o Arsenal impôs uma postura completamente diferente dos 45 minutos iniciais. Logo aos cinco minutos, os Gunners poderiam ter chegado ao empate com Saka, mas o atacante desperdiçou bom cruzamento de Bellerín.

O time de Arteta, porém, não conseguiu corrigir uma falha clara do primeiro tempo e seguiu sofrendo com os cotra-golpes rápidos do Wolves. Pedro Neto, Traoré e Podence não deram descanso um minuto sequer para a defesa do Arsenal. Podence, por exemplo, fez um lindo lance individual quando o relógio decorria os 14 minutos, passou de Holding como quis, invadiu a área e só parou dentro da área, em um bloqueio de Bellerín.

Uma das melhores chances de gol do Arsenal na partida surgiu de uma trapalhada do Wolverhampton. Rui Patrício saiu jogando mal com os pés, a bola sobrou para Aubameyang. Sumido na partida, o atacante até bateu bem para o gol, rasteiro e colocado, mas zaga tratou de livrar o goleiro português da culpa e cortou.

Nos minutos finais, os Gunners imprimiram um volume de jogo maior no ataque, tiveram boas oportunidades - numa delas Reiss Nelson tirou tinta da trave -, mas não foi o suficiente para ficar, ao menos, com o empate.