O G4 do Brasileiro ganhou um novo membro, e de certa forma surpreendente. Em grave crise financeira, o Fluminense supera expectativas no primeiro turno e se candidata a sério dono de uma vaga na Libertadores, e próximo do trio que briga pela liderança.
A fase já é das melhores, se não a melhor, depois da Era Unimed. A invencibilidade de sete jogos é um dos indicativos disto. Desde 2013, quando a parceria do clube com a antiga patrocinadora começava a ruir, o Tricolor não passava tantos jogos sem derrota.
A diferença para a campanha de 2019 é grande - quase o dobro dos pontos ao fim de 18 rodadas. Nesta mesma altura, na temporada passada, o Fluminense somava 15 pontos e ocupava a 17ª posição. Hoje, com 29 pontos, o time de Odair Hellmann é o quarto colocado e a seis pontos de distância da liderança.
A campanha é a melhor desde 2015, quando o Fluminense somava 30 pontos nesta mesma fase, já sem a Unimed, mas ainda em um imbróglio curioso, com a empresa responsável pelo pagamento de parte dos salários e direitos de imagem de alguns atletas.
Apesar da boa fase, Odair Hellmann está longe de ser unanimidade nas Laranjeiras e teve de contar com voto de confiança do presidente, Mário Bittencourt, para seguir no cargo. O dirigente também tem sido contestado por conta da venda de jogadores, como Evanílson, titular negociado com o Porto, e Gilberto, vendido ao Benfica, além de negociações falhadas para a venda de Marcos Paulo, uma das grandes promessas de Xerém.