Últimos atos da rivalidade Messi x CR7 na Liga dos Campeões com disputa por recorde

Lionel Messi e Cristiano Ronaldo estabeleceram uma nova era no futebol mundial, banalizando recordes e monopolizando a disputa por prêmios individuais. Uma era que, infelizmente, está perto de chegar ao fim. O retorno da Liga dos Campeões nesta terça-feira marca também um dos últimos atos da rivalidade que marcou época, e com um recorde pessoal em jogo, além da disputa por títulos: o de maior artilheiro do principal torneio da Europa.

Boa parte dos craques do passado deu adeus aos gramados - ou mudou de ares para torneios menos competitivos - antes dos 35 anos, idade atual de Cristiano Ronaldo. Por seu vigor invejável, o craque luso segue em alto nível como uma verdadeira máquina de gols, mas o tempo não para nem mesmo para os monstros sagrados. Conhecido carinhosamente também como "Senhor Champions" pelo seu sucesso na Liga dos Campeões, CR7 terá poucos anos para ampliar sua marca, mas talvez nem precise fazer muito para se garantir no topo da artilharia: 130 gols o fazem recordista com sobras e perto de dobrar a marca anterior de Raúl González, de 71 gols.

Sem surpresas, o único jogador em atividade capaz de destronar Cristiano Ronaldo na Liga dos Campeões é justamente o seu "arquirrival", Lionel Messi. O argentino tem 15 gols a menos e precisaria de um desempenho louvável para ultrapassar Ronaldo em 2020/21 - além de torcer contra o rival. Mas não é uma missão impossível para o gênio do Barcelona, que tem ainda dois anos a menos que CR7 e, na teoria, mais tempo para ir atrás do recorde.

Na média, Messi tem desempenho ligeiramente superior a Cristiano Ronaldo, com 0,80 gols por jogo contra 0,76 do luso. Mas o argentino tem outros desafios, como lidar com um Barcelona em crise e com a falta de motivação depois de deixar o seu desejo por respirar novos ares claro, em disputa aberta com dirigentes do clube. Motivação é algo que parece nunca faltar a Ronaldo, que hoje defende uma Juventus em melhor posição que o Barça e talvez até que o seu antigo Real Madrid.

Recorde próximo também nas assistências

Há uma marca importante que não é dominada, ainda, nem por Messi, nem por Cristiano Ronaldo. O líder de assistências na Liga dos Campeões é Ryan Giggs, com 41 passes a gol. Mas CR7 está próximo, e Messi pode chegar lá.

Ronaldo está a apenas uma assistência de igualar o recorde de Giggs, e dificilmente não o fará nesta edição. Messi é o quarto na lista, com 33 assistências, e precisa antes passar David Beckham, com 36.

Um fator curioso nesta rivalidade é que, embora muitas vezes Ronaldo seja apontado como o goleador e Messi como força criativa, na Liga dos Campeões as médias por jogo mostram equilíbrio entre os dois nos dois quesitos. Como citamos anteriormente, Messi tem aproveitamento ligeiramente superior em gols por jogo, e a dupla tem exatamente o mesmo desempenho por jogo em assistências: 0,23.