Em seu discurso para confirmar sua permanência a contragosto até 2021, para evitar confronto judicial, Lionel Messi atacou diretamente Josep Maria Bartomeu, presidente do clube. Além de questionar o valor da palavra do dirigente, o argentino avaliou sua gestão como um desastre. Não sem razão. Podemos inclusive dizer que o principal problema dos últimos anos passou pelo comando do clube, que levou a uma série de outros erros que citaremos na sequência.
Mas ficamos apenas pelas polêmicas extra-campo. Quando Messi começou a sua carreira profissional, o presidente era Joan Laporta, conhecido na Espanha por sua imagem cercado de bebidas e mulheres. Foi acusado de usar o clube para pagar uma amante, entre outros escândalos, mas até teve sucesso no cargo e sua passagem não foi tão marcada negativamente como seus sucessores.
Sandro Rosell, presidente de 2010 a 2014, esteve envolvido em negócios escusos com Ricardo Teixeira, ex-CBF. Era responsável pelo clube quando foram feitos malabarismos fiscais questionáveis na contratação de Neymar, que o levaram a novas acusações e à renúncia do cargo. Acabou preso por fraude fiscal.
Por fim, o vice Josep Maria Bartomeu assumiu o comando, e conseguiu a façanha de tirar do sério a principal estrela do clube. E não apenas ele. Bartomeu chegou a ser acusado de pagar uma empresa de redes sociais para atacar seus opositores com contas falsas. Contas que acabaram por lançar críticas a atletas como Piqué e o próprio Messi... Um bom motivo para não ser querido pelos atletas.