Ídolo do Internacional, campeão brasileiro com o Vasco, com duas olimpíadas, uma Copa América e 17 jogos pela seleção no currículo. Luiz Carlos Winck teve uma carreira vitoriosa, mas com uma ausência: nunca disputou uma Copa do Mundo.
A grande chance de disputar uma Copa para Luiz Carlos Winck foi em 1990. Campeão brasileiro com o Vasco, Winck havia sido titular da seleção na Olimpíada de 1988, que terminou com a medalha de prata, e esperava disputar o Mundial de 90, como revelou em conversa com a reportagem de oGol.
"Voltei das Olimpíadas de 88 como titular da seleção, comecei 89 como titular, mas acabei fraturando a tíbia na Libertadores pelo Inter. Mas estava tentando buscar o retorno para a seleção", recorda.
Winck começou 89 em Porto Alegre, mas se mudou para São Januário e foi protagonista no título brasileiro do cruz-maltino, com a assistência para o gol do título, de Sorato, contra o São Paulo.
Apesar de Jorginho ser um concorrente forte, Winck tinha grandes chances de ir para a Copa. Mas uma "inovação" do técnico da seleção brasileira, Sebastião Lazaroni, o acabou afastando do torneio.
"No final do ano (de 89), conversei com Lazaroni no Rio. Tivemos uma conversa e ele falou que se levasse quatro laterais, eu iria ainda. Se ele levasse três, porque ele tinha optado pela formação 3-5-2... Acabou que fiquei fora de Copa do Mundo", recorda.
"Eu era o titular no início de 89, tinha a esperança de retornar. Mas em função da mudança do sistema... O Brasil nunca havia jogado no 3-5-2. O Lazaroni optou por esse esquema e optou por cinco zagueiros", completou.
Jorginho foi o único lateral direito levado por Lazaroni, enquanto Branco foi o lateral canhoto e Aldair, Ricardo Gomes, Ricardo Rocha, Mozer e Mauro Galvão foram os cinco zagueiros escolhidos.
Naquela Copa, porém, o 3-5-2 não deu certo. O Brasil apresentou um futebol burocrático, venceu apenas com vantagens mínimas e acabou eliminado nas oitavas, pela Argentina.