Queda do Fortaleza confirma pior início de brasileiros na Sul-Americana

Dos seis clubes brasileiros que iniciaram a trajetória na Copa Sul-Americana 2020 na 1ª fase da competição, quatro estão eliminados: Fortaleza, Atlético Mineiro, Fluminense e Goiás. O balanço é o pior desde 2017, ano em que essa fase se tornou internacional. Apenas Vasco e Bahia se classificaram para a 2ª fase, ainda sem tabela divulgada.

Antes de ser disputada desde o início em uma fase internacional, a Sul-Americana tinha, até três temporadas atrás, uma fase nacional para os clubes argentinos e brasileiros. Essa fase precedia as oitavas de final. Com isso, nunca tão poucos clubes brasileiros avançaram nas eliminatórias.

Em 2018, o único clube brasileiro eliminado na 1ª fase da competição foi o Atlético Mineiro, que perdeu para o San Lorenzo. Naquele ano, quatro clubes brasileiros chegaram às oitavas de final, três às quartas, dois às semifinais e o Athletico Paranaense se sagrou campeão. No ano passado, três clubes caíram na 1ª fase da Sul-Americana, mas com o reforço vindo dos eliminados precocemente na Libertadores, que se qualificam para a 2ª do torneio, Corinthians e Atlético Mineiro chegaram até as semifinais. O mesmo pode acontecer nesta temporada.

Prejuízo e contrastes

O prejuízo financeiro por uma eliminação precoce na Sul-Americana é grande. Apenas por avançar de fase, Vasco e Bahia embolsaram US$ 375 mil cada, aproximadamente R$ 1,7 milhão.

Além do prejuízo no bolso, o contraste financeiro e de tradição entre as equipes brasileiras eliminadas e seus respectivos adversários é relevante. O Atlético Mineiro caiu para o modesto Unión, da Argentina, clube que nunca havia avançado de fase em qualquer competição internacional. À época da eliminação, jornais argentinos destacavam a diferença entre o orçamento do Galo e do Unión.

O Fluminense, por sua vez, foi eliminado pelo Unión La Calera, do Chile, que tem como mais importantes conquistas títulos de acesso na segunda e terceira divisão do país. Goiás e Fortaleza são exceção, já que o Sol de América, do Paraguai, possui relativa tradição em seu país, e o Independiente, responsável pela eliminação dos cearenses é o maior campeão da história da Copa Libertadores e já levantou duas vezes o caneco da Sul-Americana.