Salários atrasados, greve dos jogadores e um time sem vencer há sete partidas: esse era o cenário do Figueirense há três meses, que culminou em um W.O por iniciativa do elenco na partida contra o Cuiabá, na 17ª rodada da Série B. Dezenove jogos depois, o Figueira ganhou três partidas. Pode parecer pouco, mas agora basta repetir o que o clube mais fez no campeonato para seguir na segunda divisão, empatar.
Passado o W.O, o Figueirense ocupava a 14ª posição da Série B. No entanto, nem mesmo o retorno do elenco foi suficiente para superar rapidamente aquela sequência de sete jogos sem vencer, que acabou se transformando em 18. A vitória contra o América Mineiro no dia 12 de outubro deu gás ao time, que agora está invicto há nove rodadas – mesmo que em seis destas os jogos tenham acabado em empate.
O contraste à campanha do Furacão do Estreito é o Londrina, que agora torce por dois tropeços do Figueirense para tentar seguir na Série B. Na 17ª posição, a equipe paranaense somou um ponto dos últimos 21 disputados, além disso é quem mais perde e menos empata na competição.
Os jogos em que o Londrina deixou escapar um ponto fazem falta agora. Esta é a edição dos pontos corridos com mais empates na Série B, 33% dos jogos terminaram assim, e um dos grandes responsáveis é justamente o Figueirense, o “rei dos empates” junto do lanterna Vila Nova.
Com 39 pontos somados até o momento, o Figueirense tem ao seu lado o fato de esta ser a edição com menor linha de corte da história dos pontos corridos. A Segunda Divisão adotou esse formato em 2006 e já houve clube rebaixado com 47 pontos, como aconteceu com o Icasa em 2011. Neste ano, a equipe catarinense pode se livrar do rebaixamento chegando aos 40 pontos. A menor linha de corte, até então, havia sido em 2016, quando o Oeste se salvou com 41, enquanto o Joinville caiu com 40.