Carille pede time mais 'cascudo', mas Del Valle deu 'aula' com média de idade bem inferior

Segundo o próprio Andrés Sánchez, presidente do Corinthians, o Independiente del Valle deu "uma aula de futebol" na vitória de quarta, em Itaquera. Para o técnico Fabio Carille, faltou um time mais "cascudo" para suportar um jogo de "imposição física". 

"Foi um jogo de imposição física, de nego malandro, a gente com muito menino em campo, mas que tem que entrar em campo para aprender. Dificuldade do Pedrinho, Vital na marcação forte. Mas foi o time que deu resposta após a Copa América. Hoje as coisas não funcionaram", começou a explicar o treinador, que citou ainda exemplos de outras partidas. 

"Contra o Ceará, alertei no intervalo para que a gente não caísse numa armadilha, mas levamos o empate (2 a 2, após estar vencendo por 2 a 0). Fizemos 20 minutos maravilhosos contra Fluminense, depois a gente caiu (Flu venceu por 1 a 0). Às vezes perde o interesse. Isso vem pela idade, de ter um pouco mais de responsabilidade. É um grupo novo, Libertadores só tinha nego malandro, jogador vivido. Hoje esses jogadores precisam se acostumar com esse tipo de jogo", citou. 

Nos 2 a 0 dos equatorianos, entretanto, Carille usou seis jogadores com 30 anos ou mais e somou uma média de idade de 28,9 anos. O Del Valle, por outro lado, usou no time titular apenas dois jogadores com 30 anos ou mais e teve média de idade de 26,2 anos. 

Do time titular escalado por Carille, todos os atletas já jogaram a Libertadores em algum momento. Danilo Avelar, com duas partidas, e Clayson, com quatro, são os que menos jogos somaram no torneio internacional. No lado equatoriano, cinco atletas nunca jogaram a Libertadores na carreira e apenas um, Cristian Pellerano, passou dos dez jogos no torneio. 

De qualquer forma, na próxima semana, no Equador, o Timão terá de erguer a cabeça e mostrar personalidade para reverter o 2 a 0 sofrido em casa. Caso contrário, estará eliminado na Sul-Americana.