O técnico da Argentina, Lionel Scaloni, mostrou satisfação com a classificação argentina sobre a Venezuela, com vitória por 2 a 0. Comedido, porém, fez uma análise equilibrada da classificação.
"A análise é bastante similar do primeiro tempo contra o Catar. Um futebol rápido, mas nos acomodamos e a bola ficou uns dez, 15 minutos com eles. No segundo tempo, a equipe sempre entende muito bem a partida, os que entram também, e isso nos deixa feliz. Hoje, os meninos que entraram, entraram bem, analisando a partida e o que ela necessitava", comentou, na coletiva após o jogo no Maracanã.
Perguntado sobre as constantes alterações no time (o técnico ainda não repetiu uma formação), Scaloni citou o exemplo do Brasil e ressaltou a força do elenco.
"O de não repetir a escalações às vezes é por lesão, por precisar de mais um jogador naquele momento... São poucas as partidas que não mudam. O Brasil mudou Everton, David Neres, não teve Casemiro, jogou Arthur. A virtude também está em acreditar que todos podem dar alguma coisa", explicou.
E o Brasil é, exatamente, o próximo adversário da Argentina, na terça-feira, no Mineirão, às 21h30. Scaloni analisou o próximo adversário de sua equipe.
"O que vi de Brasil é mais ou menos o que vínhamos vendo de quando os enfrentamos na Arábia. Não mudaram muito a maneira de jogar. 4-2-3-1, 4-3-3 com Coutinho fazendo a meia-ponta. Agora tem Everton que, ante a baixa de Neymar, é o jogador a se ter em conta. Nós os podemos dificultar. Vai ser uma partida para as pessoas do futebol a viverem, vai ser uma partida bonita, linda", projetou.
O argentino garantiu que não tem receio algum de enfrentar os donos da casa, sem temer pela justiça do jogo. "Com o VAR e todos os olhos do VAR e tanta gente vendo a partida, ser anfitrião... Antigamente podiam acontecer coisas. Mas hoje ficou tudo mais limpo", comentou.
Scaloni, que já enfrentou o Brasil tanto como técnico quanto como jogador, acredita em um duelo de igual para igual, acima de tudo um grande espetáculo. .
"Tive a sorte de jogar contra o Brasil, a sorte de ganhar, a má sorte de perder. Temos que encarar como uma semifinal de Copa América, seja Brasil, Colômbia, Uruguai, Chile. Não pensando que temos o nosso máximo rival. Vamos jogar uma partida de futebol e tentar fazer nosso jogo, tentando aplicar um bom espetáculo e que seja para o nosso favor".
Uma das grandes armas para enfrentar o Brasil é outro Lionel, o Messi. Sobre La Pulga, Scaloni apenas resumiu: "Messi é Messi, e nada mais".