Lucão foi capitão do São Paulo da base até o profissional. Capitão também das seleções sub-20 e sub-17 do Brasil. Rogério Ceni chegou a apontar o zagueiro como o futuro líder do Tricolor. Uma previsão que não se confirmou. Agora, Lucão se despede do clube a qual tanto se dedicou, e de forma melancólica.
Com contrato no fim, Lucão e São Paulo decidiram encerrar a longa relação, que parecia destinada a um final feliz. A realidade foi dura para o promissor zagueiro, sem proposta de renovação, sem deixar saudade para o torcedor.
Lucão, de 23 anos, não joga desde março de 2018, quando vestiu a camisa do Estoril Praia, de Portugal, pela última vez. Mesmo no modesto clube luso, o zagueiro não conseguiu se destacar. O jogador sofreu com problemas no joelho e teve de ser operado. Desde então não voltou a atuar profissionalmente.
Em 2019, Lucão chegou a acertar com o Corinthians. Rival do Tricolor, o clube alvinegro acabou por voltar atrás na ideia ao perceber que o zagueiro não teria condições de jogo para breve, ainda em processo de recuperação da cirurgia.
Sem vínculo com o São Paulo, Lucão vai avaliar bem o seu futuro e com propostas do Brasil e da Europa. Ainda jovem, o zagueiro, antes promissor, hoje é considerado uma aposta de risco.
Em 2015, em ato simbólico, Rogério Ceni entregou a braçadeira de capitão para Lucão. O zagueiro se mostrou surpreso, mas no entanto recebeu a honra com certa naturalidade. Afinal, tinha sido preparado para isso. Para Ceni, o novo e promissor zagueiro, titular do clube aos 19 anos, estava destinado a ser o novo líder. Falava-se ainda de proposta de grandes clubes da Europa, e em entrevista a oGol, Lucão recusou a ideia.
"A minha vida é o São Paulo, pois não penso em outra coisa a não ser buscar o meu espaço em 2016, conquistar títulos e dar alegria aos torcedores", discursou à época.
2016 não foi como Lucão esperava, mas a rápida decadência começou ainda em 2015, ano em que disputou 47 jogos pelo Tricolor Paulista. O ponto mais baixo foi certamente a derrota por 6 a 1 para o Corinthians, que usou um time misto. A relação com o torcedor nunca mais foi a mesma depois da goleada histórica.
Lucão mal jogou em 2016. Foram 10 partidas. No ano seguinte, mais 11. Sempre que foi a campo, teve de lidar com a pressão forte do torcedor, assim como Rodrigo Caio, outra promessa que se despediu em baixa do São Paulo. Lucão não conseguiu dar a volta por cima, nem mesmo depois de respirar novos ares em Portugal.