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    Meia foi promessa corintiana

    Lembra dele? Dinélson recorda tempos de Corinthians, lesão e tenta recomeço no Mixto

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    No meio de tantas estrelas do título brasileiro corintiano em 2005, estava Dinélson. Na época, o jovem ganhou espaço no time e celebrou a conquista com Tevez e companhia. Depois, entretanto, Dinélson perdeu espaço no Timão, sofreu com lesões e hoje tenta mais um recomeço no Mixto, do Mato Grosso. 

    Em conversa franca com a reportagem de oGol, Dinélson relembrou o início da carreira. Citou Tite, seu primeiro comandante profissional, e garantiu ter sido marcante aquele título brasileiro com o Timão. Como não poderia ter deixado de ser... 

    "Em 2004, cheguei no Corinthians naquele pacotão que veio Rincón, Fábio Costa, Marcelo Ramos... Eu e o Fábio Costa fomos os únicos que ficaram para o time de 2005. Eu com 18 para 19 anos. Depois veio a MSI, com os galáticos que eles falavam. Eu fui campeão da Copinha. O Tite tinha me mandado descer. Mas, graças a Deus. fomos campeões, fiz dois gols na final aí o Tite já me manteve no profissional. Foi uma época mágica, porque estar, com tão pouca idade no Corinthians e com tantas estrelas, poder jogar, fazer gols... Foi uma fase muito boa que a maioria dos corintianos lembra. É um marco para mim. Agora, mais perto de acabar a carreira, as pessoas lembram e dá um orgulho muito grande ter feito parte dessa história", garante. 

    No ano seguinte, porém, Dinélson começou a ser emprestado. Para o Atlético Mineiro, São Caetano, Paraná... Sem espaço no elenco corintiano, o meia teve de procurar outras opções para a carreira, rodando por outras equipes. 

    "São vários fatores para não ter tido uma sequência (no Corinthians). Antes da lesão grave que tive, em 2007, foi que tinham muitos jogadores de qualidade. Carlos Alberto, Roger, Hugo. Na base eu, Élton, Rosinei, que era segundo volante mas, às vezes, jogava de meia. Em 2006 a gente poderia jogar mais, ter sequência, mas chegou Ricardinho, Marcelinho Carioca. Jogar em time grande não é fácil. Não é só futebol. Tem muitas coisas. Em 2006, estava acabando meu contrato, acabei sendo emprestado ao Bragantino. Fui bem, voltei, renovei meu contrato, mas comecei a ser emprestado. Foi um pouco erro meu, mas também uma questão do Corinthians. Eu queria jogar mais e, como tinha muito jogador na posição, fui emprestado. E sempre ia bem, voltava e o Corinthians sempre recheado de bons jogadores", lembra. 

    Dos empréstimos, Dinélson guarda com carinho a passagem pelo Paraná, onde jogou a Libertadores. "Melhor fase da minha carreira em termos individuais e coletivos. Classificamos na pré-Libertadores, nos grupos e caímos nas oitavas. Fui um dos destaques da equipe, fiz vários jogos bons...". 

    Depois, Dinélson sofreu com as lesões. Sofreu de ligamento cruzado e acabou não conseguindo mais jogar sem dor. O jogador lembra do momento complicado. "Recuperava de uma coisa, começava a doer outra. Foram quase quatro anos disso", recorda. "Fui para outros mercados, fui para a Ásia...". 

    Muitos clubes no currículo

    O meia jogou no Daegu, da Coreia do Sul, e no Tianjin Teda, da China. Quando voltou ao Brasil, não conseguiu mais retornar para a primeira divisão. Nos últimos anos, Dinélson confessa que acabou sofrendo com a falta de sequência em uma mesma equipe. 

    "Esses últimos três anos da carreira não foram dos melhores. Os três times que joguei foram times que não tinham segundo semestre, só jogavam Estadual. Aí tinha que correr para se empregar em outro clube. Aqui no futebol brasileiro, é complicado. Divide muito campeonato em dois semestres. Quando você está em clube grande, contrato longo, é tranquilo. Mas quando você vive realidade de ter que jogar estadual e depois ter que ir para outro time em outro semestre, é bem complicado", desabafa. 

    Pelos 33 anos, o jogador garante que não tem sido fácil arrumar espaço em grandes equipes. Mas em 2019, Dinélson acertou com o Mixto, e conseguiu ajudar a equipe a eliminar o CSA, pela Copa do Brasil. O jogo deu um certo gás ao atleta. 

    "Essa classificação na Copa do Brasil, voltar a jogar bem em nível nacional, passar por um time de Série A é algo que motiva e dá novos objetivos no futebol. Às vezes você dá uma desanimada. Passa várias coisas na cabeça, de parar... Essas coisas boas que acontecem dão ânimo. Estou curtindo, estou vendo que ainda tenho lenha para queimar, que posso jogar e buscar algo maior na minha carreira. Com os pés no chão, saber a realidade", garante. 

    Na próxima semana, o Mixto encara a Chapecoense na Copa do Brasil. Dinélson sonha que o time pode subir mais um degrau. "Estou vivendo momento bom, junto com o time. Agora a gente tem a Chapecoense, que é mais um jogo em nível nacional. A gente sabe se conseguir uma nova façanha, podemos mudar de patamar".

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