Após dias de polêmicas, confusões e indefinição, finalmente River e Boca estiveram frente a frente no jogo decisivo da Copa Libertadores da América. Com Santiago Bernabéu de palco, Xeneizes e Millionarios empataram em 1 a 1 no tempo normal, mas, na prorrogação, o colombiano Quintero e Pity Martínez marcaram para o River Plate e garantiram o título da competição continental para os comandados de Marcelo Gallardo.
Com o triunfo, as Gallinas conquistam o quarto título de Libertadores da história do River Plate e, de quebra, colocam a equipe como representante Sul-Americana no Mundial Interclubes, que começa já na próxima semana.
Como era de se esperar, a partida começou de forma equilibrada, truncada e com muitas faltas em Madri. A primeira chance de perigo surgiu com o Boca aos nove minutos, quando Olaza cruzou, Maidana tentou o corte e acabou mandando contra o próprio patrimônio. Para sorte do River Plate, a bola foi por cima.
No minuto seguinte, após cobrança de escanteio, Izquierdoz desviou de cabeça na primeira trave e Pérez finalizou de primeira. Bem posicionado, Armani fez a defesa. Com o jogo igual e de muita marcação, a solução era a bola parada. O River conseguiu sua primeira finalização aos 18 minutos. Nacho Fernández recebeu na área, tentou o arremate, mas pegou muito embaixo.
A grande chance para o Boca surgiu quando Nández aproveitou bobeira de Ponzio na saída de bola e sofreu falta, na entrada da área. Na cobrança, Benedetto acertou a barreira, mas a bola ficou limpa para Pérez, que bateu cruzado. Um desvio no meio do caminho tirou a bola da cabeça de Nández, que estava pronto para marcar.
O clássico argentino cresceu na parte final da primeira etapa. Villa investiu pela direita, buscou o cruzamento, mas Armani apareceu para dar um soco e afasta o perigo. Na sequência, Los Millionarios sairam em contra-ataque, mas jogada em velocidade acabou com finalização sem perigo de Pity Martinez.
Aos 44, foi a vez do Boca contragolpear, mas de forma letal. Nández deu belo passe em velocidade para Benedetto, que passou fácil pela marcação e, com frieza e extrema categoria, tocou na saída do goleiro Armani. Bola na rede, para festa dos bosteros no Bernabéu.
Com a necessidade do resultado, o River voltou ligado para a segunda etapa. Logo nos primeiros minutos, Maidana, Nacho Fernández e Palacios tiveram oportunidade, mas desperdiçaram.
Aos 10, Lucas Pratto recebeu nas costas da defesa, tentou a finalização, mas após tocar na bola se chocou com o goleiro Andrada. Os jogadores ficaram pedindo penalidade, que não foi assinalada pela arbitragem.
A pressão dos Millionarios surtiu efeito. Aos 23, Nacho Fernández fez bonita tabela com Palacios pela direita e cruzou, na medida, para Lucas Pratto, que, de primeira, estufou as redes em Madri, deixando tudo igual no marcador.
O River Plate seguiu dominando após o gol de empate, só que quem teve oportunidade de finalização foi o Boca. Pinola mostrou as solas para Nández dentro da área. O árbitro marcou tiro livre indireto. Na cobrança, Olaza bateu forte... na barreira. Os minutos finais foram de pressão do River, mas a definição ficou mesmo para a prorrogação.
Logo no ínicio do tempo extra, Barrios fez falta dura em Palacios, recebeu o vermelho e deixou a equipe do Boca com um a menos. A desigualdade numérica obrigou Schelotto a reconstruir a sua linha de defesa para suportar a pressão adversária, que persistia.
O segundo tempo da prorrogação foi reflexo do primeiro: River em cima, e Boca retraído no campo de defesa. Até que, aos três minutos, após troca de passes na entrada da área do Boca, o colombiano Quintero recebeu e acertou um chutaço. A bola ainda pegou no travessão antes de entrar. Golaço.
O Boca, no desespero, se mandou para o ataque na tentativa de levar para os pênaltis, e, no último minuto, em mais um contragolpe, ainda deu tempo para Pity Martínez selar a vitória millionária. Fim de jogo. River Plate é o dono da América.
3-1 Pro. | ||
Lucas Pratto 68' Juan Quintero 109' Pity Martínez 120' | Darío Benedetto 44' |