O Ceará lotou o Castelão, mas o desesperado Vasco conseguiu segurar o 0 a 0 para escapar do rebaixamento. Os dois times seguirão na Série A no próximo ano, mas os cearenses têm muito mais o que sorrir.
O ano acabou de forma melancólica para o Cruz-Maltino, que sofreu até o último minuto para evitar o rebaixamento com apenas um ponto de frente para o Sport, 17º lugar.
Já o Vozão, que ficou no Z4 em grande parte do campeonato, chegou na última rodada sem chance de cair e ainda lutando pela Sul-Americana, que não veio, mas a torcida celebrou na mesma ao apito final. Festa em preto e branco no Castelão, mesmo com um sorriso amarelo carioca.
O Ceará começou o jogo mais ligado. Ainda querendo vaga na Sul-Americana, o time tinha um Castelão lotado a seu favor. A energia das arquibancadas pode ter ajudado, mas o adversário apresentava falhas já previamente conhecidas.
A começar pela lateral-esquerda: Willian Maranhão estava improvisado no setor. Samuel Xavier, um dos melhores laterais direitos do campeonato, forçou muitos ataques por ali.
Aos sete, Samuel Xavier ia ganhando de Willian Maranhão e Caio Monteiro por ali. O vascaíno dividiu com o lateral, que pediu pênalti, mas nada foi marcado.
Jogando a favor do empate, o Vasco não arriscava muito no ataque. Com o apoio necessário, Willian Maranhão conseguiu rechaçar os ataques por aquele lado, e a pressão cearense foi diminuindo.
O Vozão recuperou as energias no intervalo e voltou a pressionar no segundo tempo. Samuel Xavier apareceu pela direita e cruzou para Arthur, que, dividindo com a zaga, acabou não cabeceando da melhor forma.
Na segunda chegada de Samuel Xavier, o lateral cruzou rasteiro para Arthur, que arrematou, mas acertou na defesa. A pressão era maior.
Aos 24, o Cruz-Maltino, em contra-ataque, conseguiu a primeira (e única) boa jogada ofensiva. Marrony, que havia entrado, ficou na cara do gol, mas parou em Éverson.
Marrony não evitou o sofrimento nos minutos finais. O Sport confirmaria vitória sobre o Santos. Um gol cearense rebaixaria os cariocas.
Só que Samuel Xavier, que era uma enorme arma ofensiva alvinegra, acabou expulso pelo segundo amarelo. Foi um alívio para a torcida carioca, que respirou aliviada com o apito final. Nunca um 0 a 0 foi tão comemorado na Colina, e com sorriso amarelo...
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