Barcelona e Real Madrid dividiram os títulos nos últimos 15 anos na Espanha, com um intervalo solitário em 2013/14 para a conquista do Atlético de Madrid. Neste ano, a dupla parece em crise, e o resultado é o pior líder dos últimos 17 anos ao fim de 13 rodadas.
Oito vitórias, dois empates, três derrotas e 26 pontos. Essa é a campanha do Sevilla até o momento. Um bom desempenho para o time andaluz, mas que dificilmente renderia uma posição próxima ao topo nos últimos anos. Na temporada passada, o Barcelona só perdeu uma vez, e já era campeão quando a derrota aconteceu. Em 2017 o Real foi campeão com as mesmas três derrotas em 38 rodadas.
É preciso recuar até 2001/2002 para encontrarmos um líder com campanha semelhante na Espanha. Na época, o Deportivo La Coruña era o líder com exatamente os mesmos números do Sevilla. O campeão naquela temporada acabou por ser o Valencia.
A liderança do Sevilla tem uma explicação que não passa exatamente pelo desempenho do clube. Pelo contrário, o time andaluz tinha apenas um ponto a menos no ano passado, e era o quinto colocado. Em 2016/17 a campanha do clube era até superior, com 27 pontos, o que valeu na época um honroso terceiro lugar. A campanha atual é típica para o clube, o que mudou foi o desempenho dos grandes favoritos.
O Real Madrid é quem faz o pior papel no momento, com 20 pontos e cinco derrotas. É a pior campanha merengue desde... 2001/02. Na época, o Real somou 19 pontos nas 13 primeiras rodadas. Desde 2010, o time de Madri só terminou dois campeonatos com mais derrotas do que têm atualmente: em 2014/15 e 2017/18 perdeu seis vezes, em 38 rodadas.
O Barcelona também não faz bom papel, embora ocupe a segunda posição. Os 25 pontos do Barça significam a pior campanha em 13 rodadas desde 2003/04. Na época o time catalão somou 20 pontos. No ano passado, o clube tinha 35 pontos nesta mesma altura.
A queda de rendimento pode preocupar os torcedores de Barça e Real, mas dão ao Espanhol um ar de disputa pela taça que não se via há tempos. Irá o Sevilla repetir o feito do Atlético para desafiar a hegemonia dos dois gigantes do país?