Ônibus do Boca é apedrejado, e final da Libertadores é remarcada para domingo

O que era para ser uma grande festa se tornou caos. O que era para ser um River Plate x Boca Juniors histórico perdeu espaço para a violência. Após o apedrejamento do ônibus xeneize antes de entrar no estádio, a Conmebol suspendeu o jogo, remarcando para domingo, às 18h (de Brasília).

Muitos veículos argentinos criticam o pouco policiamento e até a rota escolhida pela polícia. O transporte dos atletas do Boca acabou passando perto de torcedores rivais, que acabaram jogando pedras contra o veículo. 

Janelas foram quebradas e jogadores e membros da comissão atingidos por estilhaços. Pablo Pérez chegou a ser levado a um hospital com cortes no olho e na perna. Fora outros casos e os efeitos do gás de pimenta, usado para dispersar vândalos. 

O clima fora do estádio também era dos piores. "Torcedores" e policiais se enfrentavam a todo momento, perdidos talvez até no motivo daquilo tudo (será que alguém lembrava que uma partida de futebol supostamente aconteceria ali?). 

A Conmebol e a Fifa fizeram de tudo para a realização do jogo. O duelo chegou a ser remarcado para às 19h, depois para 19h20, depois para 20h15... Mas a bola não rolou. 

Presidente da Fifa teria ordenado jogo 

Presente em Nuñez, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, teria participado da conversa com presidentes do Boca Juniors (Daniel Angelici), River Plate (Rodolfo D`Onofrio) e da Conmebol (Alejandro Domínguez)  sobre a realização, ou não, do encontro. 

Segundo o canal argentino TyC Sports, Infantino teria ordenado que a partida fosse realizada. "Quero um responsável por isso, mas a partida tem de ser jogada", teria dito. 

O atacante Carlos Tevez confirma que os cartolas queriam obrigar os atletas a entrarem em campo. "Não estamos em condições, mas nos obrigam a jogar". 

O próprio técnico do River, Marcelo Gallardo, foi contra a se jogar ainda hoje. Segundo o presidente da Conmebol, Alejandro Domínquez, houve um "pacto de cavalheiros" para que a bola não rolasse. 

Embora o cavalheirismo, na prática, tenha passado longe de Nuñez, no fim, ao menos o bom senso acabou prevalecendo. Hoje, a violência venceu. Que amanhã vença o futebol...