O gaúcho Luiz Carlos Winck, grande ídolo colorado como jogador, segue carreira como técnico e quer trilhar trajetória de sucesso parecida com a dos três últimos técnicos da seleção brasileira: Mano Menezes, Luiz Felipe Scolari e Tite, atual comandante.
Mano, Felipão e Tite tem outro fato em comum, além de serem gaúchos: todos passaram por Caxias, Juventude e Grêmio, seja como treinadores ou ainda na época que estavam em campo. Winck, que já comandou o Caxias e atualmente está no Juventude, almeja o mesmo caminho para treinar os grandes do Estado, citando o exemplo ainda de Celso Roth.
"Eu acho que aqui no Sul, hoje, comandar Inter e Grêmio é um sonho para qualquer técnico. Dos maiores técnicos em atividade, vamos citar alguns exemplos. Tite comandou Caxias, Inter e Grêmio. Mano Menezes, Celso Roth. Felipão não como técnico no Caxias, mas como atleta. Se a gente puder seguir a carreira desses homens, seria muito bom. É o sonho que tenho: chegar a grandes clubes da Série A", garantiu, em conversa com a reportagem de oGol.
Citando ainda outro gaúcho, Ênio Andrade, que comandou Juventude e Internacional, Winck defende um futebol ofensivo, de transição rápida, sempre com o principal objetivo de jogar no campo do adversário.
"As minhas equipes, por características, como fui como atleta: têm personalidade, equipes rápidas, que agridem o adversário com transição de bola rápida. No 4-2-3-1, 4-1-1-1, mas, independente do sistema, gosto que minhas equipes ataquem. Prego muito que quanto mais longe do nosso gol e mais perto do adversário, melhor é", comentou.
Antes de dar o próximo passo rumo ao sonho, o técnico segue trabalho em Caxias. Desde o fim de agosto no comando do Juventude, Winck tenta evitar o rebaixamento na Série B. Após conseguir apenas uma vitória em sete jogos, o treinador garante buscar o melhor desempenho para tirar o time do Z4.
"Eu acho que os desafios são importantes na vida e isso está consolidando ainda mais a carreira. Se essa campanha de manutenção na Série B acontecer, estou dando um passo a mais na minha carreira para buscar objetivos ainda maiores. O Juventude é um clube muito organizado, direção maravilhosa, condições de trabalho muito boas. Esperamos que a gente, realmente, consiga finalizar a Série B, como fiz ano passado com o Criciúma, que peguei com zero ponto e acabamos deixando na parte de cima da tabela, mais próximo do acesso. Espero que consigamos finalizar bem aqui também, um trabalho que não iniciei, mas, quando a gente pega, tem que assumir também a responsabilidade. Estamos buscando alternativas para melhorar a equipe jogo a jogo".
Em 18º lugar na tabela, com 30 pontos, o Juventude volta a campo nesta sexta, contra o Goiás, e pode deixar a zona de rebaixamento em caso de vitória.