Aqui no Brasil, já nos acostumamos com a dança das cadeiras dos técnicos ao longo do Brasileirão. O trabalho a longo prazo dificilmente ganha da necessidade de resultados para ontem. O quadro vem sendo o mesmo na Argentina, que supera a média de uma troca no comando por rodada.
Ao longo do Brasileirão deste ano, foram 23 mudanças no comando técnico, superadas pelas 32 no campeonato passado. Na Argentina, a média é ainda maior. Nas 12 primeiras rodadas do Argentino, que irá parar ao longo da semana para as festas de final de ano, foram 14 os técnicos que deixaram o comando de suas respectivas equipes, seja por demissão ou renúncia.
Tudo começou ainda na terceira rodada, quando os uruguaios Gustavo Matosas (Estudiantes) e Diego Aguirre (San Lorenzo) saíram após insucessos em torneios internacionais. Na rodada seguinte, Nelson Vivas deixou o Defensa y Justicia por problemas com a diretoria. Foram apenas quatro jogos no comando da equipe na Liga.
Depois, se juntaram a eles Mario Sciacqua (Olimpo) e Sebastián Méndez (Belgrano), na rodada seis; Gustavo Álvarez (Temperley), Paolo Montero (Rosario Central) e Omar De Felippe (Vélez), oito; e mais recentemente Diego Cocca (deixou o Racing para assumir o Xolos, de Tijuana) e Walter Coyette (Chacarita).
Mauricio Larriera (Godoy Cruz) e Néstor Gorosito (San Martín de San Juan) saíram por divergências com as diretorias de suas equipes. Além desses, já é certo que Ricardo Caruso Lombardi (Tigre) e Jorge Almirón (vice-campeão da América com o Lanús) mudarão de time no final do ano.
Na última temporada, o futebol argentino superou as 32 mudanças no Brasileiro de 2016 e promete, na nova temporada, também se aproximar desses números. Por lá, também existe a dança das cadeiras de treinadores, só que em ritmo de Tango.