Tyroane Joe Sandows, ou simplesmente Ty, será um dos representantes do Grêmio nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Para quem não sabe, o sul-africano, de 21 anos, que joga na base gremista, é um dos nomes escolhidos para defender a África do Sul no torneio. Ty terá pela frente, logo na estreia, a seleção anfitriã.
Na quinta-feira, dia 04 de agosto, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, Ty estará do lado oposto do país no qual viveu quase a metade de sua vida, e onde dá seus primeiros passos como jogador de futebol.
Com passagens pelas divisões de base do São Paulo, o jovem, que atualmente defende a equipe B do Grêmio, se mostrou feliz pela oportunidade de disputar os jogos no Brasil.
"Eu recebi essa convocação com uma alegria imensa. É sempre uma honra representar seu pais ainda mais num evento da grandeza da Olimpíada", afirmou o atleta, em contato com a reportagem de oGol.
O atacante garante que a estreia, na capital contra a seleção brasileira, tem, sim, um gostinho especial, por tudo o que o atleta já viveu no Brasil.
"Terá um gosto especial por o primeiro jogo ser contra o anfitrião. Sabemos a pressão que é colocada em cima do Brasil para ganhar esse torneio. Também será especial pelo Brasil ser minha casa por praticamente metade da minha vida", comentou.
Ty planeja a competição passo a passo. Primeiro, quer "fazer um bom papel no jogo contra o Brasil. A gente vai levar cada jogo como se fosse uma final e esperamos chegar o mais longe possível dentro do torneio".
Confronto com Luan e expectativa com Roger
Na estreia, além de jogar contra o país em que reside, Ty terá pela frente um companheiro de clube: Luan. O sul-africano não esconde a admiração pelo companheiro.
"Eu não cheguei a ter uma conversa com Luan sobre esse jogo, mas vai ser legal jogar contra ele. É um jovem muito talentoso e com certeza é um espelho para os jogadores do Grêmio que vem da base".
Ty espera que as Olimpíadas sejam uma oportunidade para ser visto por Roger, técnico do time principal do Tricolor. O atacante aguarda ansioso por uma chance.
"Eu estou na equipe de transição nesse momento, que é como se fosse um profissional B. Acho que, desempenhando um bom papel nessas olimpíadas, aumenta a minha chance para uma promoção para a equipe principal e, consequentemente, ter uma oportunidade", almejou.
Apesar de defender a África do Sul nas Olimpíadas, Ty não esconde o sonho de um dia também representar a seleção brasileira. O jogador sabe que é uma realidade distante no momento, mas não fechou a porta para esta possibilidade, se ela surgir no futuro.
"Ainda tenho um sonho para representar a seleção brasileira no futuro, mas um passo de cada vez. Nesse momento, meu pensamento está em me entregar e ajudar a África do sul da melhor maneira possível a desenvolver um bom papel nessa Olimpíada".
Além de Brasil e África do Sul, o grupo A do futebol nos Jogos Olímpicos conta ainda com Iraque e Dinamarca.