A partir de então, titular incontestável do Real Madrid, Marcelo acumulou jogos, gols, títulos e momentos importantes no clube em que saiu como uma lenda, com as marcas de atleta estrangeiro com mais partidas pela equipe e maior campeão da história do clube, com 25 taças conquistadas.
Nessa caminhada, Marcelo conquistou pela primeira vez a Liga dos Campeões na temporada 2013/14, dando início a uma era de soberania do Real Madrid na maior competição de clubes do mundo. Naquela campanha, ele sofreu com lesões, ficou fora da semifinal e na final não foi o titular. No entanto, na prorrogação marcou o terceiro gol da vitória contra o Atlético de Madrid.
Nos anos em Madri, Marcelo teve de se reinventar algumas vezes. Com José Mourinho, ganhou mais força na marcação, algo que foi o grande Calcanhar de Aquiles do lateral. Quando perdeu a potência física, voltou a sofrer na transição defensiva.
Marcelo ainda conquistou a Liga dos Campeões pelo Real Madrid outras quatro vezes, 2015/16, 2016/17 (deu assistência na final), 2017/18 (deu assistência na final) e 2021/22. Na última já havia perdido espaço no elenco e ficou de fora dos jogos decisivos, mas ergueu a taça como capitão, encerrando seu ciclo.
Na carreira, Marcelo se destacou por ser mais do que um lateral esquerdo. Considerado por muitos anos um dos jogadores mais talentosos e técnicos entre os brasileiros, ele ainda conseguiu se destacar por atuar como meio-campista, com facilidade ímpar em achar bons passes e finalizar.
No total, Marcelo disputou 546 jogos pelo Real Madrid, com 38 gols e 83 assistências. Sua longa lista de títulos conta com Liga dos Campeões (5x), Campeonato Espanhol (6x), Copa do Rey (2x), Supercopa da Espanha (5x), Mundial de Clubes (4x), Supercopa Europeia (3x).
Além dos prêmios coletivos, Marcelo também esteve costumeiramente na seleção de melhores jogadores do mundo da Fifa. Ele foi considerado o melhor lateral esquerdo seis vezes, em 2012, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019.
Sofrendo com lesões, Marcelo começou a apresentar declínio técnico e físico no começo de 2020 e atuou em poucas partidas nas temporadas 2020/21 e 2021/22 até deixar o clube.
"Não há nenhum problema sair do Real Madrid, a vida não acaba aqui. Não vou embora saindo 'droga, queria mais um ano'. Sempre vou apoiar o Real, e todos decidimos sair bem, pela porta da frente, olhando na cara de todos. Não queria seguir um ou dois anos mais por pena", declarou após deixar o clube.
Histórico na seleção
Melhor lateral do mundo por seis vezes e com um auge técnico longo, Marcelo sempre foi considerado unanimidade entre os convocados pela seleção brasileira, mas pela Amarelinha deixou um gosto de 'quero mais'. De maneira geral, ele somou 58 jogos, com 6 gols e 8 assistências.
Marcelo foi convocado pela primeira vez em 2006, mas demorou a ter sequência e passou a integrar definitivamente as listas a partir de 2011. Em 2013, esteve presente na ótima campanha de Copa das Confederações, que terminou com título. Seu único com a Amarelinha.
No Brasil, disputou a sua primeira Copa do Mundo em 2014 e já teve atuações irregulares. Marcelo também jogou os 90 minutos na fatídica derrota por 7 a 1 para a Alemanha.
Quatro anos depois, Marcelo também foi o lateral titular na Copa do Mundo de 2018, quando se lesionou e retornou para as quartas de final contra a Bélgica. Sua marcação no primeiro gol dos belgas é apontada como equivocada por muitos.
"Na minha opinião, dói igual (2014 e 2018). Noite horrível, ser eliminado não tem explicação. O resultado não veio, futebol às vezes é injusto, uma hora a favor, outra hora contra. Criamos uma família aqui dentro. Todo mundo lutou, mesmo quem não jogou estava apoiando do banco. Queríamos demais chegar numa final".
A derrota para a Bélgica foi o encerramento do ciclo de Marcelo na seleção brasileira e o lateral não voltou a ser convocado.
Retorno para conquistar Libertadores
Depois de uma breve passagem pelo Olympiacos, Marcelo acertou seu retorno ao Fluminense em 2023, reestreando em abril, em jogo da Libertadores contra o Sporting Cristal. A segunda partida do retorno foi um clássico no Maracanã contra o Flamengo.... e Marcelo marcou na goleada por 4 a 1.
Nesse retorno ao Fluminense, Marcelo chegou a jogar como meio-campista, mas também voltou às raízes na lateral. Em 2023, foram 32 jogos, com 2 gols e 1 assistência. Com a cria de Xerém de volta, o Tricolor conquistou o Campeonato Carioca e pela primeira vez na sua história foi campeão da Libertadores.
Marcelo foi uma liderança técnica da equipe de Fernando Diniz, e o treinador soube aproveitar o que o jogador tinha de melhor. Muitas vezes, atuava até aberto na direita, na releitura do Futebol Total que Diniz implementou nas Laranjeiras. Foi eterno enquanto durou.
Veio 2024 e o Fluminense sofreu com a queda de rendimento dos seus jogadores, incluindo Marcelo, que também sofreu com lesões. O ano começou com o título da Recopa Sul-Americana, que seria o último da carreira vitoriosa do lateral.
No entanto, a troca de comando no Fluminense, com a saída de Fernando Diniz e a chegada de Mano Menezes, não foi boa para Marcelo. O lateral acumulou polêmicas nos bastidores e após uma discussão pública com o treinador, acertou sua rescisão antes do fim da temporada. Nâo foi o melhor final e Marcelo se despediu do Fluminense com 68 jogos nesta segunda passagem.
19 anos de futebol profissional, mais de 700 jogos, 29 títulos, melhor da posição no mundo por anos. Foi uma bela carreira.
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Papa-títulos do gigante espanhol e presente no título inédito de Libertadores do Fluminense, o lateral por quase 20 anos encantou a todos por ser extremamente técnico e talentoso.
Já subiu como craque
Carioca, Marcelo chegou ao Fluminense no final de 2002 após ter experiência no futsal. Na época, foi indicado para ser centroavante e só virou lateral por conta da falta de jogadores da posição e pela sua facilidade no drible.
Ainda na categoria de base, Marcelo se destacou e não à toa esteve sempre nas convocações de seleções. Também conseguiu um início meteórico no futebol, barrando o experiente Roger Machado, que virou zagueiro.
Marcelo estreou profissionalmente em 2005, mas disputou somente uma partida, a derrota do Fluminense para o Vasco na 38ª rodada do Campeonato Brasileiro. De maneira geral, em 2006, com 17/18 anos, ele disputou a sua primeira temporada completa e o retrospecto já foi impressionante.
Em 2006, Marcelo disputou 39 jogos pelo Fluminense, com 6 gols marcados e acabou eleito o melhor lateral esquerdo do Campeonato Brasileiro mesmo na campanha ruim do Tricolor, que acabou na 15ª posição. Seu primeiro gol como profissional foi para arrancar um empate contra o Vila Nova, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, no Serra Dourada.
Além disso, foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira principal, começou o jogo contra País de Gales como titular e ainda marcou gol. Haja estrela.
Lenda no maior clube do mundo
Com esse enorme cartão de visitas ao futebol profissional, Marcelo foi logo vendido ao gigante Real Madrid no começo de 2007. O primeiro semestre foi de adaptação, com apenas seis partidas disputas. Também amargou eliminação nas oitavas de final do Mundial sub-20 para a Espanha. Seleção para o lateral depois disso, somente a profissional.
A temporada 2007/2008 foi o início de uma escrita da carreira vitoriosa de Marcelo, que virou uma lenda do Real Madrid. Depois da saída de Roberto Carlos, o seu sucessor brasileiro ganhou espaço e foi titular na maior parte da temporada, acumulando 34 jogos, e superando a desconfinça inicial. Os Meregues também foram bicampeões da Espanha.
Restava o primeiro gol pelo Real Madrid, que só aconteceu na temporada 2008/09, mais precisamente em 15 de fevereiro de 2009, mais de dois anos depois da sua estreia, em goleada contra o Sporting Gijón.
☺ La sonrisa de tu primer gol en #LaLiga ☺
⏳ #TalDíaComoHoy @MarceloM12 hacía el suyo con el @realmadrid ⚽🔥#LaLigaSantander pic.twitter.com/t5dfYdC6sZ
A partir de então, titular incontestável do Real Madrid, Marcelo acumulou jogos, gols, títulos e momentos importantes no clube em que saiu como uma lenda, com as marcas de atleta estrangeiro com mais partidas pela equipe e maior campeão da história do clube, com 25 taças conquistadas.
Nessa caminhada, Marcelo conquistou pela primeira vez a Liga dos Campeões na temporada 2013/14, dando início a uma era de soberania do Real Madrid na maior competição de clubes do mundo. Naquela campanha, ele sofreu com lesões, ficou fora da semifinal e na final não foi o titular. No entanto, na prorrogação marcou o terceiro gol da vitória contra o Atlético de Madrid.
Nos anos em Madri, Marcelo teve de se reinventar algumas vezes. Com José Mourinho, ganhou mais força na marcação, algo que foi o grande Calcanhar de Aquiles do lateral. Quando perdeu a potência física, voltou a sofrer na transição defensiva.
Marcelo ainda conquistou a Liga dos Campeões pelo Real Madrid outras quatro vezes, 2015/16, 2016/17 (deu assistência na final), 2017/18 (deu assistência na final) e 2021/22. Na última já havia perdido espaço no elenco e ficou de fora dos jogos decisivos, mas ergueu a taça como capitão, encerrando seu ciclo.
Na carreira, Marcelo se destacou por ser mais do que um lateral esquerdo. Considerado por muitos anos um dos jogadores mais talentosos e técnicos entre os brasileiros, ele ainda conseguiu se destacar por atuar como meio-campista, com facilidade ímpar em achar bons passes e finalizar.
No total, Marcelo disputou 546 jogos pelo Real Madrid, com 38 gols e 83 assistências. Sua longa lista de títulos conta com Liga dos Campeões (5x), Campeonato Espanhol (6x), Copa do Rey (2x), Supercopa da Espanha (5x), Mundial de Clubes (4x), Supercopa Europeia (3x).
Além dos prêmios coletivos, Marcelo também esteve costumeiramente na seleção de melhores jogadores do mundo da Fifa. Ele foi considerado o melhor lateral esquerdo seis vezes, em 2012, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019.
Sofrendo com lesões, Marcelo começou a apresentar declínio técnico e físico no começo de 2020 e atuou em poucas partidas nas temporadas 2020/21 e 2021/22 até deixar o clube.
"Não há nenhum problema sair do Real Madrid, a vida não acaba aqui. Não vou embora saindo 'droga, queria mais um ano'. Sempre vou apoiar o Real, e todos decidimos sair bem, pela porta da frente, olhando na cara de todos. Não queria seguir um ou dois anos mais por pena", declarou após deixar o clube.
Histórico na seleção
Melhor lateral do mundo por seis vezes e com um auge técnico longo, Marcelo sempre foi considerado unanimidade entre os convocados pela seleção brasileira, mas pela Amarelinha deixou um gosto de 'quero mais'. De maneira geral, ele somou 58 jogos, com 6 gols e 8 assistências.
Marcelo foi convocado pela primeira vez em 2006, mas demorou a ter sequência e passou a integrar definitivamente as listas a partir de 2011. Em 2013, esteve presente na ótima campanha de Copa das Confederações, que terminou com título. Seu único com a Amarelinha.
No Brasil, disputou a sua primeira Copa do Mundo em 2014 e já teve atuações irregulares. Marcelo também jogou os 90 minutos na fatídica derrota por 7 a 1 para a Alemanha.
Quatro anos depois, Marcelo também foi o lateral titular na Copa do Mundo de 2018, quando se lesionou e retornou para as quartas de final contra a Bélgica. Sua marcação no primeiro gol dos belgas é apontada como equivocada por muitos.
"Na minha opinião, dói igual (2014 e 2018). Noite horrível, ser eliminado não tem explicação. O resultado não veio, futebol às vezes é injusto, uma hora a favor, outra hora contra. Criamos uma família aqui dentro. Todo mundo lutou, mesmo quem não jogou estava apoiando do banco. Queríamos demais chegar numa final".
A derrota para a Bélgica foi o encerramento do ciclo de Marcelo na seleção brasileira e o lateral não voltou a ser convocado.
Retorno para conquistar Libertadores
Depois de uma breve passagem pelo Olympiacos, Marcelo acertou seu retorno ao Fluminense em 2023, reestreando em abril, em jogo da Libertadores contra o Sporting Cristal. A segunda partida do retorno foi um clássico no Maracanã contra o Flamengo.... e Marcelo marcou na goleada por 4 a 1.
Nesse retorno ao Fluminense, Marcelo chegou a jogar como meio-campista, mas também voltou às raízes na lateral. Em 2023, foram 32 jogos, com 2 gols e 1 assistência. Com a cria de Xerém de volta, o Tricolor conquistou o Campeonato Carioca e pela primeira vez na sua história foi campeão da Libertadores.
Marcelo foi uma liderança técnica da equipe de Fernando Diniz, e o treinador soube aproveitar o que o jogador tinha de melhor. Muitas vezes, atuava até aberto na direita, na releitura do Futebol Total que Diniz implementou nas Laranjeiras. Foi eterno enquanto durou.
Veio 2024 e o Fluminense sofreu com a queda de rendimento dos seus jogadores, incluindo Marcelo, que também sofreu com lesões. O ano começou com o título da Recopa Sul-Americana, que seria o último da carreira vitoriosa do lateral.
No entanto, a troca de comando no Fluminense, com a saída de Fernando Diniz e a chegada de Mano Menezes, não foi boa para Marcelo. O lateral acumulou polêmicas nos bastidores e após uma discussão pública com o treinador, acertou sua rescisão antes do fim da temporada. Nâo foi o melhor final e Marcelo se despediu do Fluminense com 68 jogos nesta segunda passagem.
19 anos de futebol profissional, mais de 700 jogos, 29 títulos, melhor da posição no mundo por anos. Foi uma bela carreira.