Joaquim Américo Guimarães, um dos principais incentivadores do futebol no Estado do Paraná, fez parte da história do Athletico Paranaense. Foi ele que fundou o Internacional Foot-Ball Club, clube que foi um dos pioneiros no Paraná, e idealizou o primeiro estádio de futebol no Estado, no terreno onde hoje está a Arena da Baixada.
Inaugurado por Joaquim Américo em 21 de dezembro de 1913, o estádio recebeu os primeiros eventos futebolísticos da época. Em 1914, o palco chegou a receber o Flamengo, que venceu o Internacional, por 7 a 1.
Foi na Baixada que foram realizados todos os jogos do primeiro Campeonato Paranaense de Futebol, em 1915, que teve o Internacional como o campeão. O Inter rivalizava na época com o América Futebol Clube, mas, em 1924, os dois se uniram e fundaram, no dia 21 de março, o Club Athletico Paranaense.
A primeira partida da nova equipe foi em 06 de abril do mesmo ano, contra o Universal FC. O duelo foi vencido pelo Athletico, com gols de Marreco, Ari (que fez dois) e Malello. Por se tratar da união entre o Internacional e o América, o Athletico contava com um time forte desde o início.
Já em 1925, o clube conquistou seu primeiro campeonato estadual. Foi vice-campeão nas três temporadas seguintes, até voltar ao topo em 1929. Já naquela época, o Athletico lutava pelo domínio do Paraná com o Coritiba, que viria a ser seu grande rival histórico. Em 1930, o Rubro-Negro foi, pela primeira vez, bicampeão paranaense, e sobre o Coxa.
Na década de 1940, o clássico seguiu em alta e, pela grande campanha em 1949, o Athletico ganhou a alcunha de Furacão. Foram 11 goleadas na conquista do Paranaense daquele ano. Depois, porém, o clube amargou uma grande seca.
Entre 1950 e 1981, o Furacão conquistou apenas dois campeonatos paranaenses, em 1958 e 1970. O Rubro-Negro passou por uma grave crise no período, que culminou ainda com o rebaixamento para a segunda divisão paranaense em 1967.
Na década de 1980, porém, o jejum acabou. A dupla Washington e Assis, que teria idolatria também no Fluminense, levou o clube ao título do Paranaense de 1982. Em 1983, o clube foi bicampeão e chegou nas semifinais do Campeonato Brasileiro.
O Athletico das inovações
O Athletico, que no meio do caminho se tornou Atlético, viveu uma revolução na década de 1990. O time caiu para a Série B do Brasileiro, mas voltou para a elite com o título da Série B de 1995, em cima do Coritiba.
Ainda no final do século, o clube derrubou o estádio Joaquim Américo e, em grande obra, lançou no lugar o estádio mais moderno da América Latina, a Arena da Baixada. Na nova casa, o clube viveu suas maiores glórias.
Em 2001, comandado por Geninho, o então Atlético Paranaense, do artilheiro Alex Mineiro e do então menino Kléberson, pentacampeão do mundo, foi campeão brasileiro, vencendo na decisão o São Caetano.
O clube voou alto também fora do país. Em 2005, o Atlético chegou na final da Libertadores, perdendo a decisão para o São Paulo, de Rogério Ceni. Em 2018, o clube, já em processo para voltar a se chamar novamente Athletico, e com escudo novo, conquistou o que é considerada sua maior glória.
Comandado por Tiago Nunes, para muitos o maior técnico da história do clube, o Athletico Paranaense, do goleador Pablo, venceu o Junior Barranquilla, nos pênaltis, e celebrou, na Arena da Baixada, o título da Copa Sul-Americana. Como diz o nome de seu clube fundador, o Athletico se tornou Internacional.
No ano seguinte, ainda com Tiago Nunes, que se consolidou como um dos grandes treinadores do Athletico, o Furacão perdeu Pablo, mas manteve nomes importantes como o goleiro Santos, Lucho González, já mais importante fora do que dentro de campo, Léo Pereira e Bruno Guimarães e, derrubando os gigantes Flamengo, Grêmio e Internacional, faturou o primeiro título da Copa do Brasil da história do clube.