O ano de 1986 foi especial para a seleção argentina, principalmente pelo brilhantismo de um inquestionável personagem: Diego Armando Maradona. A campanha impecável, marcada por uma 'espirituosa mão de Deus', teve seu último episódio no dia 29 de junho, no Estádio Azteca, no México.
A decisão foi contra a competitiva e perigosa Alemanha, que havia eliminado uma das melhores seleções da história da França até então, que contava com personagens como Platini, Papin, Giresse , Amoros... A seleção alemão tinha estrelas internacionais como Rummenigge, Lothar Matthaus, Schumacher e companhia.
A Argentina, por sua vez, apostou na força de seu grupo e, principalmente, na genialidade de Maradona, vivendo uma das melhores fases de sua carreira. Sabendo disso, a Alemanha apostou em uma marcação individual de Matthaus em cima do camisa 10 argentino. Funcionou, mas não por muito tempo.
Melhor na parte física e técnica, o time argentino foi superior e abriu 2 a 0, com gols de Brown e do matador Valdano, um em cada tempo. O panorama caminhava para um título tranquilo dos sul-americanos...
No entanto, os europeus iniciaram uma reação heroica e, na base da disposição e da força, empataram a partida. Rummenigge e Voller foram os autores dos gols.
A reação alemã, porém, parou por aí. Até então bem acompanhado, Maradona conseguiu o espaço que precisava já aos 40 da etapa complementar. Esse pequeno pedaço de campo livre, que tanto esperou o camisa 10, foi o suficiente para a magia acontecer no México.
Entre dois adversários, 'El Pibe', com todo o talento que lhe era peculiar, prendeu a atenção de dois defensores e, entre eles, descolou um passe espetacular para Burrachaga, que fez o terceiro e decretou o bicampeonato do Mundo para os argentinos: 3 a 2.
De forma incontestável, a Argentina subiu, pela segunda vez em sua história, ao posto mais alto do planeta bola. O México, assim como em 1970, foi o palco da consagração de uma grande geração, em especial, de um grande gênio do futebol mundial: Diego Armando Maradona.