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      Biografia

      Altafini Mazzola: campeão do mundo pelo Brasil, lenda na Itália

      Texto por ogol.com.br
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      Altafini, que ganhou o codinome de Mazzola, teve um grande início de carreira no Palmeiras, foi campeão do mundo pelo Brasil, mas foi no futebol italiano que ganhou o status de lenda. 

      Nascido José João Altafini, foi criado em Piracicaba, interior de São Paulo, e lá começou a jogar pelo XV. Filho de imigrantes italianos, reencontrou seus laços com o país no futebol. Mas não sem antes ter um início de carreira espetacular.

      O topo do mundo com o Brasil 

      Antes de completar 17 anos, foi levado ao Palmeiras, que ainda era Palestra Itália, e em sua primeira partida oficial marcou cinco gols em goleada sobre o Noroeste. Logo passou a ser chamado também para a seleção brasileira. 

      Estreou com gol na seleção, em vitória de 3 a 0 sobre Portugal na metade de 1957. Naquele mesmo ano ganhou o codinome de Mazzola, dado por um dirigente palestrino que fazia referência ao craque italiano Valentino Mazzola. 

      Os muitos gols seguiram no Palestra e o jovem acabou convocado para a Copa do Mundo de 1958. Marcou dois gols na estreia contra a Áustria, mas foi perdendo espaço no time para "um tal de Pelé". O final todos já sabem: Brasil campeão. 

      Mazzola chamou a atenção dos italianos durante o Mundial e, de volta ao Brasil, foi procurado pela Roma, mas acabou sendo vendido ao Milan em transferência recorde na época. 

      A idolatria na Itália

      Em Milão, se tornou lenda. Logo na primeira temporada, foi campeão italiano e marcou 28 gols no torneio, só perdendo a artilharia porque o argentino Antonio Angelillo, da Inter, viveu um ano inesquecível, com 33. 

      Os gols pelo Rossonero o levaram a defender a camisa da seleção italiana, algo permitido pela Fifa até então. Também marcou em sua estreia, contra Israel, e teve grandes atuações, com dois gols, contra França e Bélgica. 

      Mas quando chegou na Copa do Mundo de 1962, Mazzola não evitou o fisco dos italianos, eliminados ainda na primeira fase. O ítalo-brasileiro via seus antigos companheiros de seleção brasileira serem bicampeões do mundo... 

      Campeão italiano e artilheiro da Serie A em 1962, com direito a duas exibições de gala em clássicos contra a Juventus, uma com direito a quatro gols, Mazzola viveu o ápice de sua passagem pelo Rossonero na temporada seguinte. 

      O Milan, é verdade, tinha montado uma verdadeira seleção. Tinha Cesare Maldini na zaga, Gianni Rivera no meio com Giovanni Trapattoni e o brasileiro Dino Sani e Mazzola e Del Vecchio na frente. 

      Mazzola brilhou em especial na Liga dos Campeões. Marcou 14 gols em nove jogos, foi o artilheiro e o Rossonero foi campeão em cima do Benfica, de Eusébio, com dois gols de Mazzola no jogo decisivo. 

      Deixou o Milan em 1965 depois de 155 gols em 240 jogos. Se mudou para o Napoli para recuperar o protagonismo que havia perdido em sua última temporada em San Siro e o conseguiu: fez 22 gols em 41 jogos no primeiro ano no San Paolo. 

      Mazzola foi ídolo também dos Azzurri, apesar de não ter conquistado nenhum título por lá (mas foi vice-campeão italiano). Depois de 97 gols em 234 jogos, mudou de ares novamente. Dessa vez, voltou ao Norte para atuar em Turim. 

      Na Juventus, soube aproveitar sua grande qualidade técnica e, se já não tinha a mesma potência física, ajudava o time às vezes entrando no segundo tempo, mas sempre com muita categoria.

      Conquistou mais dois títulos italianos pela Velha Senhora e também escreveu uma história bonita em 119 jogos e 37 gols. Apesar de ter encerrado a carreira no futebol suíço, voltou a Turim para viver e descobrir uma nova profissão: a de comentarista esportivo. O Brasil o deu o mundo, a Itália, uma idolatria gigantesca de três dos grandes clubes do país. 

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      Fotografias(2)

      Altafini Mazzola na alturas em luta com Don Howe defesa inglês

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