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    Alex Morgan: a Baby Horse

    Texto por Carlos Ramos
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    O fim foi antes do esperado: em setembro de 2024, Alex Morgan anunciou o término da carreira para se dedicar a família. A jogadora estava grávida de seu segundo filho. Foram 15 anos dedicados ao futebol profissional, com a conquista de praticamente todos os grandes títulos possíveis e a proeminência na luta por igualdade salarial entre homens e mulheres. 

    Sempre um talento, Morgan teve início tardio no soccer: deixou sua paixão pela ginástica de lado para começar a jogar aos 14 anos. O que não impediu o sucesso: a atacante foi a primeira escolha no draft da então Women's Professional Soccer em 2011. Mas a Universidade não significou apenas gols para Alex Morgan: ela se formou um semestre mais cedo em economia política na renomada Universidade de Berkley, na Califórnia. 

    Pelo New York Flash, que a draftou, Morgan foi destaque no título da WPS de 2011, mesmo ano em que foi convocada para seu primeiro campeonato com a seleção estadunidense: a Copa do Mundo. 

    Muito jovem, Morgan foi reserva na campanha, mas cresceu nos momentos decisivos e marcou na semifinal e na final. Porém, os EUA acabaram perdendo o título nos pênaltis para o Japão. 

    No ano seguinte, a vingança: os Estados Unidos conquistaram a medalha de ouro em Londres com vitória sobre as japonesas na final. Morgan já era titular e marcou três gols na campanha, incluindo o gol da classificação para a final nos acréscimos da prorrogação, contra o Canadá. Foi um jogo histórico, no qual as estadunidenses superaram um hat-trick da lendária Christine Sinclair para chegar na decisão. 

    Atacante ágil e veloz, Morgan logo ganhou das companheiras o apelido de Baby Horse. O primeiro título mundial de Morgan saiu em 2015, com nova vitória sobre o Japão na decisão, dessa vez com goleada por 5 a 2. A atacante já estava entre as melhores jogadoras do mundo. 

    Em 2016, os Estados Unidos acabaram eliminados para a Suécia na Olimpíada do Rio, mas o futebol feminino ganhou os holofotes pela luta por salários iguais entre homens e mulheres. Alex Morgan se juntou a  Hope Solo, Carli Lloyd, Megan Rapinoe e Rebecca Sauerbrunn para apresentar uma queixa à Comissão de Igualdade de Oportunidades de Emprego contra a U.S Soccer por discriminação salarial baseada no sexo. O litígio acabou com acordo com a federação em 2022. 

    a carreira de clubes, Morgan, que já havia conquistado tudo por seleções, viveu uma temporada mágica pelo Lyon em 2017 conquistando a tríplice coroa: Liga dos Campeões, Campeonato Francês e Copa da França. 

    Artilheira histórica

    Atacante de mobilidade, Morgan nunca marcou tantos gols em uma Copa do Mundo quanto em 2019. Mas por "culpa" da Tailândia: na goleada na estreia diante das tailandesas, a atacante marcou cinco gols e ainda deu três assistências. Foi a maior goleada da história das Copas. Morgan se tornou a segunda jogadora a anotar cinco gols em um jogo na história das Copas, igualando a compatriota Michelle Akers, que marcou cinco vezes nos 7 a 0 sobre Taiwan, em 1991. 

    Morgan só voltaria a marcar nas semifinais, e decisiva como sempre. A atacante marcou o gol que garantiu a vitória sobre a Inglaterra, por 2 a 1. No final da partida, a goleira Alyssa Naeher ainda defendeu uma cobrança de pênalti Steph Houghton, capitã britânica. Na decisão, Morgan conquistou o bicampeonato mundial diante da Holanda. A jogadora fora naquele ano uma vez mais finalista do prêmio de melhor jogadora da Fifa, embora nunca o tenha conquistado. 

    Alex Morgan só passou em branco em Mundiais em 2023, ainda que titular, em campanha que terminou com eliminação para a Suécia nas oitavas de final. Foi o início do fim para a atacante. 

    Se em 2022 a atacante havia superado os 20 gols pelo San Diego Wave, seu clube após passagens por Tottenham, na Inglaterra, e Orlando Pride, em 2023 a atacante teve números bem mais modestos. Em 2024, ainda chegou a ser convocada pela técnica Emma Haynes, mas não escondeu a decepção ao ser deixada de fora da lista para as Olimpíadas. 

    Campeã da Challenge Cup em cima do Gotham, marcando o gol do título, Morgan se despediu da carreira no dia 08 de setembro de 2024, em goleada sofrida para o North Carolina Courage. Perdeu um pênalti, mas deu assistência praticamente no último lance da carreira, aos 13 minutos, número que a marcou. Uma carreira vitoriosa, de 223 jogos e 123 gols pelos Estados Unidos. Um ícone. 

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