O fracasso do Boca Juniors no Mundial de Clubes não foi necessariamente uma grande surpresa, mas o que ampliou o tamanho do vexame foi a despedida melancólica. Precisando vencer para sonhar com a classificação, o time xeneize ficou no empate com o Auckland City, time semiamador da Nova Zelândia. Porém, o futebol argentino pode se orgulhar por outro confronto recente contra o campeão da Oceania.
Há 15 dias, uma "colônia" argentina em uma pequena ilha no Golfo de Haurakie fez o que o Boca Juniors não conseguiu no Mundial de Clubes: vencer o Auckland City.
Clube da quarta divisão da Nova Zelândia, o Waiheke United visitou o Auckland pela Chatham Cup, competição equivalente à copa nacional. No confronto único pela fase inicial do torneio, o Waiheke surpreendeu o Auckland, venceu por 2 a 1 e conquistou a classificação.
Embora a vitória de um time da quarta divisão diante do maior campeão continental, a zebra apenas por si só não corresponde por um grande impacto devido ao nivelamento por baixo de uma competição semiamadora na periferia do futebol. No entanto, o resultado ganha temperos culturais através do protagonista da zebra.
O modesto Waiheke United é um pedaço da Argentina em solo neozelandês. Fundado em 1987, o clube passou a atrair imigrantes argentinos que chegam ao país para trabalhar e buscavam uma forma de lazer. Nos últimos anos, Waiheke adotou a identidade e se tornou um clube com alma sul-americana.
Dentro de campo, o clube é defendido por uma legião argentina. Na vitória contra o Auckland, 9 entre os 11 titulares eram nascidos no país sul-americano, além de um uruguaio.
Fora das quatro linhas, o Waiheke também respira a cultura hermana e formou uma colônia sul-americana de torcedores que garantem uma autêntica festa argentina nas arquibancadas improvisadas. Sinalizadores, trapos, bumbos e alento não faltam para que os jogadores se sintam em casa, mesmo em outro continente.
Menos mal que soy del Waihe pic.twitter.com/aZH63vpkIh
— Marian Herrera (@marianherrrera) June 24, 2025