A história de Diego Milito e Racing Club de Avellaneda ganhou um novo capítulo, desta vez fora das quatro linhas. O maior ídolo de La Acadê neste século levou o seu prestígio para os bastidores político e foi eleito o presidente do clube.
O ex-atacante superou nas urnas o atual presidente Víctor Blanco, que tirou o Racing da fila de títulos continentais e levou o clube à conquista da Copa Sul-Americana, diante do Cruzeiro.
Ao seu lado, Milito terá como braço direito outro ídolo da Academia. Nas vésperas da eleição, Diego anunciou o ex-goleiro Sebastián Saja como diretor de futebol. A primeira promessa de campanha do ex-arqueiro foi a renovação de contrato com o técnico Gustavo Costas.
A vitória do ex-atacante consolidou um momento político no futebol argentino com o aumento de ídolos ocupando o cargo na presidência. Entre os nomes de maior destaque estão, Juan Román Riquelme, como cartola do Boca Juniors e Sebastián Verón, no Estudiantes.
A lista de ídolos-presidentes ainda tem Gonzalo Belloso no Rosario Central, Luis Fabian Artime no Belgrano e Matias Tapia no Barracas Central.
O ídolo Milito
Nascido no bairro de Bernal, em Buenos Aires, Diego Milito escolheu vestir azul e branco em Avellaneda e se tornou o maior rival do seu irmão, Gabriel Milito, ex-técnico do Atlético e ídolo do Independiente.
Formado nas categorias de base do Racing, o atacante estreou profissionalmente em 2000 e, na temporada seguinte, ajudou a tirar o clube da seca de títulos nacionais conquistando o Campeonato Argentino depois de mais de três décadas.
Em 2003, Milito deixou La Acadê para começar a sua história no futebol europeu. O argentino ganhou experiência por Genoa e Zaragoza, este ao lado do irmão, antes de ser contratado pela Internazionale. Com o clube nerazzurri, Milito conquistou o Calcio, a Europa e o mundo no histórico time de José Mourinho.
12 anos depois de deixar o El Cilindro, Milito voltou para casa e, desta vez mais experiente, repetiu a dose. O centroavante tirou novamente o Racing da fila de títulos, que perdurava desde a sua saída, e liderou a conquista de mais um Campeonato Argentino.
No ano seguinte, aos 36 anos, Milito pendurou as chuteiras com a missão cumprida dentro de campo com as cores da Academia. Ativo nos bastidores do clube, o ídolo voltou ao clube para trabalhar como diretor de futebol entre 2016 e 2020.
Agora, no cargo máximo dentro da estrutura do clube, Milito chega com o objetivo de reformular o Racing estruturalmente e modernizar a instituição para voltar a ser protagonista no futebol argentino.