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    Milan

    Texto por ogol.com.br
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    O Milan, hoje Associazione Calcio Milan, e fundado como Milan Cricket and Football Club, foi fundado na cidade de Milão em 16 de dezembro de 1899 pelos ingleses Alfred Edwards e Herbert Kilpin. Edwards, um ex-vice consul britânico em Milão foi eleito o primeiro presidente do clube, que inicialmente incluía uma equipe de críquete e outra de futebol, dirigida por David Alisson.

    O vermelho e o preto foram as cores escolhidas para o escudo e para o uniforme, fazendo com que desde a primeira hora os seus jogadores ficassem conhecidos por rossoneri. Pouco depois, Herbert Kilpin - além de jogar -tornou-se responsável pela equipe como técnico. Com Kilpin no comando, o Milan teve um sucesso imediato, tornando-se campeão italiano em 1901, apenas na segunda temporada de história do clube, com triunfo sobre o Genoa por 3 a 0. 

    Durante nove anos, Kilpin liderou a equipe, jogando em 23 partidas do Campeonato Italiano, onde marcou sete gols e comandou os rossoneri na conquista de mais dois scudettos (1906 e 1907).

    A italianização do Milan: os anos difíceis

    O inglês Herbert Kilpin, considerado o pai do AC Milan.
    Em 1908, surgiu uma cisão dentro do clube com a maioria a favor da exclusão dos estrangeiros. Na sequência da decisão, um grupo de italianos e suíços, no total quarenta e quatro pessoas, insatisfeitos com a expulsão dos jogadores estrangeiros, saíram para fundar um novo clube: o Internazionale de Milão, que se tornaria o grande rival.

    A cisão abalou o clube que, nos anos seguintes, não conseguiu manter o sucesso. Com saída de Kiplin, o Milan não encontrou nenhum sucessor à altura. O inglês, impedido de jogar no seu Milan por ser estrangeiro, acabou por abandonar a carreira, acabando esquecido pelo clube que ajudara a fundar.

    Durante a Primeira Guerra Mundial, o clube conquistaria algumas copas e, pouco depois, mudou o nome para Milan Football Club. Durante décadas, o Rossonero viveu momentos complicados, colecionando resultados medianos e incapaz de lutar por troféus.

    Em 1939, o regime fascista obrigou o clube a deixar cair os anglicismos, fazendo-o trocar o nome para Associazione Calcio Milano. Depois do fim da Guerra (1939-45), os milaneses puderam voltar a mudar o nome ao clube, passando a instituição a ter o atual nome de Associazione Calcio Milan.

    A virada na história e o Gre-No-Li

    A história do Milan só começaria a mudar com a chegada de um jogador proveniente da fria e distante Suécia. Gunnar Nordahl chegou ao clube depois da brilhante campanha nos Jogos Olímpicos de Londres, em 1948, onde ajudou a Suécia a conquistar a medalha de ouro no torneio de futebol. Foram sete gols em quatro jogos do atacante no torneio. 

    No ano de estreia com a camisa rossonera, Gunnar marcou 16 gols em 15 jogos, deixando os torcedores loucos com o novo ídolo. Satisfeitos com o desempenho do sueco, os dirigentes milaneses aceitaram a sugestão de Nordahl para o clube contratar os seus conterrâneos Nils Liedholm e Gunnar Gren, que o atacante sueco garantia serem de uma eficácia letal.

    "Gre-No-Li", Gunnar Gren, Gunnar Nordahl e Nils Liedholm, o trio sueco que revolucionou o futebol milanês nos anos cinquenta.
    Os três juntos formariam uma das mais famosas parcerias da história do futebol na Itália, entrando na história como "Gre-No-Li". Tal era a sua capacidade de combinarem jogadas e marcar gols, que o próprio Nordhal considerava que havia telepatia entre os três e que Liedholm e Gren eram os melhores companheiros que um jogador podia ter. Nordahl, que era o membro mais letal da máquina demolidora, marcando 210 gols em 256 jogos, não esquecia assim a contribuição dos conterrâneos.

    Os três ajudaram a conquistar dois scudettos para o Milan, o primeiro dos quais quebrou um jejum de 44 anos. Nordhal foi o artilheiro do Campeonato Italiano por cinco vezes, recorde absoluto na Itália.

    A consolidação

    Terminado o período nórdico em San Siro, as vitórias continuaram a chegar para os rossoneri. Os títulos italianos viraram rotina no Milan. Campeão em 1956/1957, voltaria a festejar em 1958/59, desta vez já com o ítalo-brasileiro José Altafini como grande referência.

    O paulista de Piracicaba chegou em Milão depois de se destacar no Palmeiras e ser campeão mundial pelo Brasil em 1958. A identificação com o futebol italiano foi tamanha que Altafini jogou a Copa seguinte, em 1962, pela seleção italiana. 

    Junto com Altafini, o Milan foi novamente campeão nacional em 1961/62 e, já sem o brasileiro, levantou o caneco mais uma vez em 1967/68, depois de ter conquistado a primeira Copa da Itália na temporada anterior.

    Mas os grandes sucessos dos milaneses foram conseguidos nos palcos internacionais. Os anos sessenta foram a primeira era dourada do clube, com a conquista da Liga dos Campeões em 1963. O mítico Estádio de Wembley consagrou pela primeira vez o Milan como rei da Europa, mas a vitória não foi fácil... 

    O Milan encontrava pela frente o Benfica bicampeão europeu. Os lisboetas saíram na frente ainda na primeira parte por intermédio do inevitável Eusébio. Mas, no segundo tempo, Altafini marcou dois gols, garantindo a virada. O Milan era o novo campeão europeu, com um verdadeiro Dream Team que tinha, além de Altafini, jogadores como Giovanni Trapattoni, Gianni Rivera e Cesare Maldini.

    Cesare Maldini levanta a Liga dos Campeões em Wembley (1963).
    Seis anos depois, Rivera e Trapattoni voltaram a conquistar a Champions, dessa vez batendo na final o Ajax, de Cruijff, que chegava pela primeira vez na final. A vitória do Milan marcou um fim de uma era no clube e também do futebol na Europa. Real, Benfica, Inter e Milan tinham dominado a competição. Mas o advento do futebol holandês anunciava uma nova era no futebol europeu.

    Nos anos seguintes, a Liga dos Campeões seria conquistada primeiro por holandeses, depois alemães e por fim ingleses... Mas antes de passar o bastão aos rivais do norte, o Milan esmagou o Ajax na final de Madri por 4 a 1, e depois conquistou o Mundial batendo os argentinos do Estudiantes, grande equipe da América do Sul da época.

    O rebaixamento

    Depois desse período de grande sucesso, o clube saiu dos eixos. Durante a década de setenta, conquistou "apenas" três Copas e uma Serie A, em 1978/1979. Conquistando o seu décimo scudetto, o Milan ganhou o direito de adornar seu emblema com uma estrela.

    Adeptos rossoneri provocam os fãs da Inter, citando uma famosa passagem da «Divina Comédia» de Dante.
    O início dos anos oitenta foi também um pouco sombrio para os rossonero. Envolvido no escândalo de manipulação de resultados e apostas esportivas, o famoso caso Totonero, o Milan acabou rebaixado para a Serie B, na primeira temporada da sua história em que não esteve na elite. 

    Quando voltou para a Serie A, ficou com a pior classificação esportiva da história do clube, 14º, caindo novamente de divisão e desta vez sem a "desculpa" dos tribunais. Porém, Silvio Berlusconi, um magnata italiano, comprou o Milan, clube que era torcedor, e trouxe de novo os tempos de glória. 

    Os imortais e os invencíveis

    Do longo reinado do dirigente, apesar das conquistas na era Ancelotti (2002-2009), destacam-se duas equipes que ficaram na história: os Immortali e os Invicibili. A primeira equipe, com Arrigo Sacchi à frente, fez história. Com o tridente holandês van Basten, Gullit e Rijkaard, foi uma máquina de jogar futebol que encantou a Itália e a Europa.

    Gli immortali (os imortais): Rijkaard, van Basten e Gullit.
    O time dos holandeses tirou a coroa de campeão italiano do Napoli de Maradona, sagrou-se campeão europeu goleando o Steaua de Bucareste por 4 a 0 na final de 1989 e, um ano depois, bateu o Benfica em Viena por 1 a 0 para o bicampeonato.

    Seguiram-se os invencíveis de Fabio Capello: Franco Baresi, Alessandro Costacurta e Paolo Maldini comandavam uma das melhores defesas da história; o francês Marcel Desailly e Roberto Donadoni seguravam o meio-campo, onde se soltava o gênio de Dejan Savićević e Zvonimir Boban; e, lá na frente, o instinto de Daniele Massaro. Tricampeões italianos, chegaram a três finais de Champions consecutivas, perdendo a primeira para os franceses do Olympique de Marseille e a última para os holandeses do Ajax.

    No título, foram campeões invictos em 1991/92, com o impressionante feito de não perderem nenhuma partida durante 58 jogos, culminando a era dourada com uma vitória por 4 a 0 na final da Champions, em Atenas, contra o super Dream Team que Cruijff comandava em Barcelona.

    Após a saída de Capello em 1996, o sucesso só voltou de vez com a chegada de Carlo Ancelotti em 2001, iniciando um novo período vitorioso que durou até 2009. Com Ancelotti, o Milan voltaria ao topo da Europa, conquistando a Champions em 2003 e 2007.

    Kaká chegou depois da conquista de 2003 e foi protagonista do título de 2007, sendo eleito o melhor jogador do mundo no período. Com atuações históricas, o meia se tornou "o príncipe de Milão", e brilhou com os compatriotas Dida, Cafu e Serginho. O Rossonero foi campeão ainda do Mundial de 2007.

    Com a saída de Berlusconi e dos milhões investidos, o Milan teve dificuldade nos anos seguintes e só voltou a ser campeão italiano em 2011 com Massimiliano Allegri, com Thiago Silva, Pato e Robinho no elenco, que perdeu Ronaldinho Gaúcho ainda na metade da campanha. 

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