Hebert Chapman foi uma lenda no Arsenal e já seria lembrado no futebol por isso. Mas teve influência também no papel do treinador no futebol mundial, tamanha sua coragem, e personalidade, para ampliar os horizontes para os técnicos.
Chapman nasceu em Yorkshire, na Inglaterra, no dia 19 de janeiro de 1878. Junto com dois irmãos, se tornou jogador de futebol, e mostrou enorme fascínio pelo esporte.
Quando atuava pelo Tottenham, em 1907, ouviu do capitão do time, Walter Bull, que havia a oportunidade de ser jogador-treinador em Northampton, cargo rejeitado por Bull. Chapman não deixou a chance passar.
Do campo para o banco de reservas, logo se mudou ao Leeds, em passagem que foi interrompida pela Primeira Guerra Mundial. Quando voltou, viu o clube se envolver em um escândalo. Chapman foi banido do futebol pela Federação Inglesa (FA) em um primeiro momento, mas depois conseguiu retomar a carreira.
E o fez com maestria no Huddersfield, levando o time a ser a grande surpresa da década de 1920, com um bicampeonato inglês e um título da FA Cup.
A idolatria em Londres
Com o sucesso no Huddersfield, Chapman se credenciou para assumir, na capital, o Arsenal. Um de seus grandes feitos foi a implementação, com sucesso, da formação WM, uma inovação na época que se tornou nos anos seguintes uma tendência do futebol mundial.
Chapman foi um revolucionário também fora do campo e foi o primeiro treinador a ampliar o seu controle no clube, querendo administrar não apenas o que acontecia dentro do campo.
Chapman decidia quem eram os reforços, como o clube se organizaria e até mesmo o uniforme gunner, com as mangas brancas, foi uma invenção dele. Chapman sugeriu também a utilização de números nos uniformes e a realização de partidas noturnas.
Com seu temperamento forte, Chapman mudou o papel do treinador no futebol inglês: de simples comandante em campo para o que se chamou de manager.
Duas vezes campeão inglês, Chapman morreu antes de o Arsenal terminar a campanha de seu terceiro título. A teimosia e a necessidade de controlar tudo acabaram sendo fatais para Chapman.
Gripado, não seguiu os conselhos médicos e seguiu viajando para observar todas as categorias do Arsenal. Acabou derrubado por uma pneumonia, e faleceu em 6 de janeiro de 1934.