No dia 30 de junho de 2002, Yokohama foi o palco de uma grande festa brasileira. Depois de superar a Alemanha, de Oliver Kahn, por 2 a 0, o Brasil, de Luiz Felipe Scolari, foi coroado novamente como campeão do mundo, no quinto título mundial da história do país.
A seleção brasileira havia chegado na Copa da Coreia e do Japão debaixo de todas as desconfianças. Ao longo do torneio, porém, o grupo se uniu e conseguiu chegar na final contra a Alemanha. A conquista veio na base da união e da superação.
É bem verdade que os alemães avançavam também na conta do chá: 1 a 0 contra Paraguai, mesmo placar contra os Estados Unidos e vitória magra também sobre a Coreia do Sul. Mas o time de Rudi Voller parecia favorito para a final.
Em campo, porém, a seleção brasileira mostrou a mesma superação de toda a Copa. Kléberson foi uma das armas da equipe nos primeiros minutos: com sua agilidade, conseguiu achar os espaços na defesa alemã.
A primeira grande chance começou com Kléberson, passou por Ronaldinho Gaúcho e terminou com Ronaldo na cara do gol. O camisa 9, com seu penteado "Cascão", chutou para fora intimidado pelo goleiro Oliver Kahn, que fora eleito o melhor daquela Copa.
A segunda chance brasileira foi de novo em jogada entre Ronaldinho e Ronaldo: mais uma vez Kahn apareceu na frente do atacante. Kléberson teve as últimas chances antes do intervalo e chegou a acertar o travessão.
Por falar em bola na trave, os alemães também acertaram o poste em cobrança de falta violenta de Oliver Neuville. Marcos ainda conseguiu um desvio providencial.
Ao contrário de muitas finais, a decisão de 2002 foi aberta, de boas chances e com dois times chegando bem ao ataque. O gol só saiu quando um dos goleiros hesitou.
E foi justamente Kahn, o grande nome da Copa segundo votação dos organizadores. Mas foram os grandes nomes da Copa, de fato, que desequilibraram: Rivaldo, então sumido em campo, recebeu bola recuperada na marra por Ronaldo e bateu de fora. Kahn falhou, soltou a bola nos pés de quem não podia: Ronaldo. 1 a 0 Brasil.
Um gigante Kléberson voltou a achar os espaços minutos depois e abriu para Rivaldo. Mas Rivaldo foi genial e não tocou na bola: apenas abriu as pernas. Ela encontrou quem a mandava para seu destino: Ronaldo bateu no canto, sem chance para Kahn.
Ainda deu tempo de São Marcos aparecer. Oliver Bierhoff mandou bola no cantinho e o goleiro fez uma defesaça. Marcos garantiu o que todos esperavam: o Brasil era pentacampeão do mundo!
0-2 | ||
Ronaldo 67' 79' |