No dia 14 de agosto de 2020, em um ano da pandemia que parou o mundo, Bayern de Munique e Barcelona decidiram um lugar na semifinal da Liga dos Campeões em Lisboa. O jogo foi um verdadeiro massacre bávaro, com um 8 a 2 inesquecível, que marcou o fim de uma era no Camp Nou.
A atuação bávara foi absolutamente irresistível, e tão eficiente quanto a Alemanha foi contra o Brasil no 7 a 1. O Barcelona caiu sem forças para levantar, e um Lionel Messi cabisbaixo viu ali que seu futuro no clube estava no fim (e não só ele).
O jogo ainda teve requintes de crueldade: Philippe Coutinho, emprestado pelo Barça ao Bayern, entrou na reta final e ainda encontrou tempo para dar uma assistência e fazer dois gols. O que foi um sonho para uns, acabou em pesadelo para outros.
Como foi o passeio alemão
O duelo foi animado desde o início e não demorou muito a ter gols. Logo aos três minutos, Perisic recebeu pela esquerda, levantou a cabeça e serviu Müller na entrada da área. O camisa 25 tabelou com Lewandowski e, de perna esquerda, mandou para o fundo das redes.
Sem tempo para piscar, o Barça foi ao ataque e buscou o empate. Aos oito, Alba recebeu cruzamento em profundidade, invadiu a área e tentou cruzar para Suárez. Alaba apareceu para cortar, mas acabou mandando contra o próprio patrimônio e enganou o goleiro Neuer. Pouco depois, a virada catalã não veio por detalhe. Suárez parou em Neuer, e Messi, na tentativa de cruzamento, acertou a trave. O começo foi de jogaço para os dois lados, mas aos poucos a parte alemã começou a sobressair.
Apesar das oportunidades criadas, o Barcelona não conseguiu impor seu jogo. O time de Munique, de forma sufocante, se acampou no campo ofensivo e não permitiu a saída de bola adversária. A marcação pressão dos bávaros deu muito certo. Gnabry roubou bola de Sergi Roberto na intermediária e serviu Perisic. O croata invadiu a área e chutou cruzado. Ter Stegen tentou a defesa, mas em vão: 2 a 1 para o Bayern.
Da metade para o fim da primeira etapa, o que aconteceu foi um impiedoso atropelo bávaro. Sobrando em campo, a equipe comandada por Hans-Dieter Flick simplesmente 'engoliu' o time blaugrana. Aos 26, Thiago Alcântara achou Goretzka, que deu passe primoroso para Gnabry marcar o terceiro. Não parou por aí. Como um rolo compressor, Kimmich aproveitou sobra na direita e cruzou para Müller anotar o quarto. Acredite se quiser! Um verdadeiro passeio alemão em Lisboa.
A crueldade de Coutinho no massacre
Na volta do intervalo, o panorama seguiu o mesmo. Com imensa superioridade, o time alemão foi amontoando chances para aplicar uma goleada ainda maior. Aos Lewa chegou a marcar o dele, mas o lance acabou anulado por conta de um impedimento de Müller na jogada.
Respirando por aparelhos, o Barcelona ainda conseguiu marcar o segundo. Aos 11, Jordi Alba avançou pela esquerda e serviu Suárez. O uruguaio chamou Boateng para dançar e, de perna esquerda, mandou para dentro.
A esperança espanhola durou pouquíssimo. Minutos depois, Alphonso Davies fez o que quis com Semedo pela esquerda, invadiu a área e rolou no capricho para Kimmich, que só empurrou para o gol: 5 a 2.
Quem fez o baile se tornar ainda mais histórico foi o brasileiro Coutinho. Envolvido em polêmica de mercado com os dois times, o meia entrou na segunda etapa e contribuiu para a maior derrota sofrida pelo Barcelona na história da Liga dos Campeões.
O ex-jogador do Barcelona deu uma assistência para Lewandowski para o sexto e, pasmem, marcou o sétimo e o oitavo, dando números finais a uma das goleadas mais inesquecíveis da história do futebol europeu.
2-8 | ||
Luis Suárez 57' | Thomas Müller 4' 31' David Alaba 7' (g.c.) Ivan Perisic 21' Sèrge Gnabry 27' Joshua Kimmich 63' Robert Lewandowski 82' Philippe Coutinho 85' 89' |