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    Béla Guttmann, o húngaro que revolucionou o Brasil e dominou a Europa

    Texto por ogol.com.br
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    O húngaro Béla Guttmann foi um verdadeiro nômade do futebol, e por onde passou, levou seus ensinamentos. O técnico teve grande importância no futebol europeu, mas também no brasileiro, com grande influência no desenvolvimento do esporte por aqui.  

    Guttmann nasceu em Budapeste no fim da década de 1890. Jogou na seleção húngara e seguiu os ensinamentos do treinador inglês Jimmy Hogan, um dos mais influentes nos primórdios do futebol.

    Chegou a jogar a Olimpíada de 1924 e a atuar no futebol dos Estados Unidos mas, com a grande crise de Wall Street em 1929, voltou para Viena pobre. 

    Em Viena, se formou nos famosos cafés, onde futebol era discutido como parte da agenda cultural do país. No Rio Danúbio, comandou ainda clubes e a seleção da Hungria, do outro lado do rio. 

    Guttmann era um aventureiro do futebol e rodou o mundo levando sua visão de jogo, moldada nos fundamentos de Hogan e dos cafés, com gosto pela arte do jogo, pela técnica e com um viés revolucionário. 

    Influência no Brasil

    Depois de ter trabalhado também na Itália, dirigindo, inclusive, o Milan, o húngaro desembarcou no Brasil na metade da década de 1950. Estava em turnê no país com o Honvéd, mas resolveu permanecer e assinou contrato com o São Paulo. 

    O húngaro enfrentou certa desconfiança ao trazer métodos de treinamento europeus ao Brasil. Começou sua passagem no clube em 1957 e queria troca de passes rápidos, jogo coletivo e velocidade para definir as jogadas. 

    Guttmann contratou Zizinho, de 34 anos. O elogio do meia, que era considerado o grande jogador brasileiro antes de Pelé, foi revelador: "Foi só a partir desse momento (da chegada de Guttmann, que o mudou de posição) que comecei a jogar futebol". 

    Com Guttmann, o São Paulo foi campeão paulista. O treinador voltou para a Europa depois da temporada de 1958, mas seus métodos foram aproveitados por Vicente Feola, primeiro técnico brasileiro campeão mundial. Ou seja, Guttmann deixou um legado duradouro para o futebol brasileiro. 

    Títulos em Portugal

    Quando voltou para a Europa, escreveu uma carreira de sucesso no futebol português. Foi campeão primeiro do Porto, para depois se tornar lenda no Benfica. 

    Lançou Eusébio, um dos grandes nomes do futebol português, e conquistou o bicampeonato da Copa dos Campeões da Europa com os Encarnados, superando o lendário time do Real Madrid. 

    Depois da vitória, Guttmann tentou negociar um aumento salarial em Lisboa, mas não foi  atendido. Foi para o Peñarol, do Uruguai, e lançou uma maldição ao clube português: "Nem daqui a cem anos uma equipe portuguesa será bicampeã europeia e o Benfica jamais ganhará uma Copa dos Campeões sem mim". 

    A maldição, porém, castigou também o próprio Guttmann, que não teve mais tanto sucesso na carreira até se aposentar em 1974, em uma última passagem pelo Porto. 

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