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Jorginho, muito mais que o lateral do tetra

Texto por ogol.com.br
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Jorginho será lembrado para sempre como o lateral direito do tetra, mas resumir sua carreira à campanha de 1994 seria injusto. Ídolo pelos arquirrivais Flamengo e Vasco, sucesso na Alemanha e no Japão, o versátil jogador tem seu lugar reservado no panteão dos laterais brasileiros de todos os tempos.

Não é pouco. Afinal, o Brasil é conhecido por criar talentos e, historicamente, pela qualidade de seus laterais. E essa foi apenas uma das facetas de Jorginho. Dotado de uma inteligência tática fora do comum, aliada a uma qualidade técnica acima da média, o tetracampeão era capaz de desempenhar com sucesso praticamente qualquer função em campo e passou boa parte da carreira no meio-campo, além de ter atuado também como zagueiro.

"Gigante" do América e sucessor de uma lenda na Gávea

A carreira de Jorginho começou no Rio de Janeiro no tradicional América. Com seu porte abaixo da média para um defensor, o talentoso jovem ganhou o apelido debochado de "Gigante" e chegou a estar na lista de dispensa do clube antes de subir aos profissionais. Coube a Edu Coimbra, ídolo dos Diabos e irmão de Zico, resgatar o talentoso jogador. Apesar de seus 1,75m, a estreia foi como zagueiro.

Assim que ganhou suas primeiras oportunidades como lateral, Jorginho mostrou ser fora de série. Não demorou para o Flamengo o recrutar. Capaz de atuar tanto na esquerda como na direita, o lateral teria a missão de suceder de um lado Júnior e do outro Leandro. Acabou por se fixar no lugar deste último. E para quem não conhece bem, Leandro é um mito na Gávea, lateral da seleção de 82 e considerado por muitos o mais talentoso lateral direito da história, embora com uma carreira atrapalhada por lesões. Na verdade, foi justamente as dificuldades físicas que levaram o ídolo rubro-negro à zaga, onde não precisaria fazer o papel desgastante de um lateral.

Jorginho talvez fosse a única opção na época capaz de preencher o espaço deixado por Leandro sem decepcionar o torcedor. Logo se tornou também ídolo e campeão do Brasil em 1987, participando do fim da "Era de Ouro" do Flamengo.

Sucesso na Alemanha e Japão

Jorginho deixou o Brasil em 1989 para um experiência no futebol alemão. O destino inicial foi o Bayer Leverkusen, e com a tendência à época de esquemas com três zagueiros (ou um líbero), o lateral passou a ser deslocado com frequência para atuar mais à frente, no meio-campo.

O bom desempenho em suas três temporadas pelo Bayer o levou ao gigante Bayern de Munique. Pelo time bávaro, Jorginho foi campeão alemão em 1993/94, uma temporada que encerraria com a convocação para a Copa do Mundo.

Já experiente e dando sinais de desgaste, Jorginho deixa o Bayern em 1995 para tentar a sorte no Japão, seguindo o caminho aberto por Zico, seu ex-companheiro de Flamengo. E continuou a fazer sucesso: foi campeão em 1996 e eleito o melhor jogador do torneio pelo Kashima Antlers. Ainda participaria da campanha do título japonês de 1998 antes de retornar ao Brasil.

Ídolo no Vasco no fim da carreira

Jorginho teve sua primeira e única experiência no Brasil fora do Rio em 1999, quando defendeu o São Paulo. O vigor físico já não era o mesmo, mas o versátil atleta compensava com experiência e inteligência, cumprindo sempre de forma satisfatória as suas funções, seja na lateral ou no meio-campo, onde passou a atuar com maior frequência na reta final da carreira.

Em 2000, o lateral que fez história no Flamengo acabou por colocar seu nome na história também do rival, o Vasco. Com o Cruz-Maltino, Jorginho foi campeão brasileiro e da Copa Mercosul, parte de um esquadrão histórico que tinha Romário como grande nome e "coadjuvantes" como Juninho Paulista e Juninho Pernambucano.

Antes de encerrar de vez a carreira, Jorginho ainda passou pelo Fluminense, e se despediu em 2002, com tempo para conquistar o Carioca, embora não tenha criado laços com a torcida tricolor.

Tetra com a seleção

A carreira de Jorginho pela seleção brasileira é longa e começou ainda nas equipes de base. Ainda no início da carreira profissional, em 1983, o lateral foi titular conquista do Mundial Sub-20. Cinco anos depois conquistaria a medalha de prata nas Olimpíadas.

Jorginho não foi feliz em sua primeira Copa do Mundo, em 1990. Titular nos quatro jogos da campanha, o lateral não impediu a eliminação para a Argentina nas oitavas de final. De qualquer forma, não sofreu tanto com as críticas como outros: o peso recaiu particularmente sobre o volante Dunga e o técnico Sebastião Lazaroni.

Quatro anos mais tarde a história seria outra. Jorginho faria parte da campanha do tetracampeonato. O momento mais importante e inesquecível de sua participação foi contra a Suécia, um dos jogos mais duros da Copa. O lateral recebeu na direita, com a defesa sueca bem postada, e encontrou Romário entre dois defensores adversários. Com um improvável gol de cabeça, o "Baixinho" colocou o Brasil na final com a assistência do lateral.

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Jorginho (BRA)
Jorginho (BRA)
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