Izidor Kürschner, ou apenas Dori Kürschner, era húngaro, judeu e nasceu em Budapeste em 23 de março de 1885. Foi treinado pelo lendário técnico inglês Jimmy Holgan no MTK, da Hungria, e foi seu substituto na equipe húngara.
Trabalhou na Alemanha, reencontrou Hogan na preparação da seleção suíça para a olimpíada de Paris em 1924 e desembarcou no Rio já no fim da década de 1930, fugindo do antissemitismo na Europa, após trabalho em equipes suíças.
Comandou primeiro o Flamengo, depois o Botafogo. Sua passagem no Rio não ficou marcada por títulos, e nem a derrota para o Vasco no primeiro clássico do estádio da Gávea apagou sua contribuição.
Kürschner ficou marcado por iniciar a transição tática do futebol brasileiro do 2-3-5, um dos primeiros esquemas táticos do futebol, para o chamado WM, esquema que já vinha sendo utilizado há muito tempo na Europa.
Apesar de ter sido demitido após a derrota para o Vasco, Kürschner foi substituído por Flávio Costa, que era seu auxiliar, e Flávio usou seu esquema na seleção brasileira vice-campeão mundial em 1950. Na final contra o Uruguai, Flávio Costa recorreu ao WM ensinado por Kürschner. O resto da história, vocês já sabem...