A geração belga ganhou, nos últimos anos, espaço no mundo do futebol. Após ter ficado de fora das Copas de 2006 e 2010, e ter chegado nesse período à posição 71 no ranking da Fifa, o país é levado pela promissora geração, de nomes que valem fortunas, ao topo, mas ainda segue em busca de um título.
A Bélgica alcançou o primeiro posto do ranking da entidade máxima do futebol após ter vencido seus dois últimos jogos das eliminatórias para a Euro, o último diante de sua torcida, que comemorou o feito.
A geração que impulsionou o futebol no país
Em 2002, a Bélgica acabou eliminada da Copa do Mundo pelo Brasil, nas oitavas de final, após derrota por 2 a 0, no Japão. Depois disso, a equipe só voltaria a disputar uma Copa do Mundo em 2014, na casa dos carrascos de 2002.
O retorno aos Mundiais foi impulsionado por uma talentosa geração, que ainda vem se desenvolvendo. O crescimento dos jogadores vem junto com o da equipe.
Em novembro de 2008, quando Eden Hazard, considerado o melhor jogador belga e a promessa que já virou realidade, com 23 anos, fez sua primeira partida por seu país, os Red Devils estavam em 55° no ranking da Fifa.
Hazard é da mesma geração de Kevin De Bruyne, Boyata e Christian Benteke, todos também com 23 anos. Antes deles veio a geração de Vicent Kompany e Thomas Vermaelen; atletas como Moussa Dembélé, Kevin Mirallas e Marouane Fellaini; e agora vem aparecendo jovens de 20 anos para baixo, como Zakaria Bakkali, Adnan Januzaj e Origi.
Todos fazem parte da mesma seleção, que é um conjunto dos atletas mais promissores do futebol mundial. Promissores e também caros.
Se pegarmos as últimas transferências envolvendo Kevin de Bruyne (Wolfsburg para City), Benteke (Aston Villa para Liverpool), Witsel (Benfica para Zenit), Eden Hazard (Lille para Chelsea), Lukaku (Everton o comprou em definitivo do Chelsea) e Fellaini (Everton para Manchester United), o valor, segundo o site especializado Transfer Markt, passa dos 190 milhões de euros.
O retorno aos Mundiais
No Brasil, a "geração milionária" fez o país voltar a sentir o gosto de disputar uma Copa do Mundo. O caminho nas eliminatórias foi tranquilo: oito vitórias e dois empates em dez jogos. Liderança isolada de um grupo que tinha Croácia, Sérvia, Escócia, País de Gales e Macedônia.
No Mundial, a equipe, dirigida por Marc Wilmots, liderou o grupo H, com três vitórias em três partidas, passou pelos Estados Unidos, nas oitavas, mas caiu diante da Argentina, vice-campeã, nas quartas.
A competição foi especial para Daniel Van Buyten, remanescente da última participação belga em Copas. O zagueiro, que se aposentou após o torneio, foi titular nas duas campanhas e uniu duas gerações.
O topo do ranking e a procura por títulos
Após o Mundial, a seleção de Hazard, De Bruyne, Kompany e companhia engrenou ótima campanha nas eliminatórias para a Eurocopa de 2016, na França.
A equipe terminou na liderança do grupo B, com sete vitórias, dois empates e apenas uma derrota. A ótima campanha e as vitórias ajudaram a levar o time também ao topo do ranking da Fifa.
Terceiro lugar no início de outubro, os Red Devils passaram Alemanha e Argentina para liderar, pela primeira vez na história, o ranking.
No topo do mundo, pelo menos do ranking, a geração belga conseguiu chegar. Agora, a equipe parte em busca de um título inédito para provar que não morrerá na praia. A Euro da França, em 2016, é uma boa oportunidade.