Com direito a pênalti perdido e gol no fim, Botafogo vence Náutico e avança à final do Nordestão

Teve carnaval de chances, pênalti perdido e gol no fim. A primeira semifinal da Copa do Nordeste acumulou todos os ingredientes que precisa um jogo decisivo. Jogando no Almeidão, na Paraíba, o Botafogo recebeu o Náutico e, com gol aos 44 do segundo tempo, venceu, por 2 a 1, e garantiu vaga na decisão do Nordestão.

Com a emocionante vitória, o Belo agora espera o vencedor de Fortaleza e Santa Cruz, que se enfrentam logo mais no Castelão, para conhecer seu adversário na grande final da competição regional.

Intensidade e equilíbrio

Mal o árbitro autorizou o início de partida, e o Botafogo já deu seu cartão de visitas no Almeidão, em João Pessoa. Antes do primeiro minuto, Nando recebeu bola da esquerda e balançou o travessão de Bruno, mas a arbitragem já assinalava falta do atacante no lance.

O Náutico, por sua vez, quando teve a posse de bola, buscou controlar trocando passes no meio de campo, afim de frear o ímpeto adversário. Mas não funcionou muito. O ritmo do Belo era alucinante.

Aos seis, Nando recebeu novamente pelo lado esquerdo, o arqueiro do Alvirrubro ficou pelo meio do caminho e a bola chegou aos pés de Juninho, que finalizou de primeira e parou no corte da zaga, que tirou em cima da linha. Na sobra, o experiente Marcos Aurélio tentou o domínio, mas dominou com o braço.

O duelo seguiu em alta velocidade. A equipe visitante buscou dar uma resposta nos pés de Wallace Pernambucano, que fez jogada individual e arriscou de fora. O chute saiu à esquerda da meta de Saulo. Lá e cá, os donos da casa voltaram a assustar. Em cobrança de falta, Marcos Aurélio acertou o travessão.

Passados os primeiros minutos de pressão alvinegra, o Timbu passou a dar as cartas na semifinal. Os comandados de Márcio Goiano tiveram duas grandes chances para abrir o marcador na Paraíba. Nas duas oportunidades, Wallace Pernambucano desperdiçou. Na primeira, o centroavante furou passe de Odilávio, depois, de cabeça, obrigou Saulo a fazer grande defesa. O Belo voltou a crescer na reta final, mas foi a vez de Nando furar a finalização e a rede não balançou na primeira etapa.

Belo perde pênalti, mas Juninho salva no fim

Junto com a volta do intervalo, veio a forte chuva no Almeidão. Menos intenso que o início de partida, o time mandante passou a apostar nos contra-ataques. Foram alguns nos primeiros minutos da etapa complementar. No mais perigoso deles, Israel recebeu na direita e bateu cruzado para grande defesa de Bruno.

O Belo seguiu insistindo, principalmente com o Nando, o mais acionado durante toda a partida. O camisa 9 recebeu passe de Fábio Alves, entrou na área e parou no goleiro do Timbu. Quarta chance clara desperdiçada pelo centroavante na partida.

Na quinta, porém, o jogador se redimiu com o torcedor e tratou de fazer as pazes com as redes. Aos 10, ele recebeu passe na direita e finalizou para a defesa de Bruno. Na sobra, o atacante ganhou duas divididas e, de perna esquerda, colocou o Botafogo em vantagem. Até que enfim.

Entretanto, o time paraibano não teve muito tempo para comemorar a vantagem. Pouco depois, Tarcísio Martins, que acabara de entrar, recebeu passe pela esquerda e bateu por baixo do goleiro Saulo. Fábio Alves ainda tentou evitar o gol em cima da linha, mas acabou terminando o serviço. Tudo igual no Almeidão.

Da metade para o fim da segunda etapa, Marcos Aurélio, que foi para o jogo no sacrifício, sentiu uma lesão na coxa e deixou o campo para a entrada de Enercino. O camisa 20 entrou sendo decisivo. Após recebeu passe na área, o meia foi derrubado por Tarcísio. Pênalti marcado. Na cobrança, porém, Fábio Alves até bateu com força e rasteiro, mas o goleiro Bruno voou para fazer a defesa.

Nos minutos finais, o ritmo caiu, e as duas equipes passaram a encontrar poucos espaços. O Belo continuou tendo um pouco mais de volume. Aos 43, Dico fez jogada pela direito, foi à linha de fundo e cruzou, na medida, para Paulo Renê, que conseguiu, livre, cabecear para fora. Até que no apagar das luzes, quando as equipes se preparavam para a disputa de pênaltis, Clayton cobrou falta da esquerda e Juninho desviou de cabeça, encobrindo o gigante Bruno e colocando o Botafogo na final da Copa do Nordeste.