Após jogo intenso, Betis bate Valencia nos pênaltis e conquista a Copa do Rei

Foi com muita emoção e depois de uma final intensa, com muita correria e chances claras de gol para os dois lados, o Betis venceu o Valencia nos pênaltis para conquistar o título da Copa do Rei na temporada 2021/22. Para chegar ao título, o time da Andaluzia empatou em 1 a 1 e precisou resistir por mais 30 minutos em uma prorrogação quando já sofria fisicamente. 

Essa é o terceiro título do Betis na Copa do Rei e acontece 17 anos depois da última conquista, na temporada 2004/05. Para se sagrar o grande campeão, precisou eliminar Alicante, Talavera, Valladolid, o rival Sevilla, Real Sociedad e Rayo Vallecano até a final contra o Valencia. 

Equipes são efetivas

O primeiro tempo da final foi de um jogo muito truncado e de poucas chances de gol. Apesar disso, as duas equipes foram bastante efetivas e nas únicas finalizações que acertam na primeira etapa, foram fatais. O primeiro time a golpear foi o Betis, aos 11, com Borja Iglesias, que recebeu cruzamento perfeito de Bellerín, subiu mais que todo mundo e cabeceou firme para abrir o placar. 

O Betis era muito superior e o Valencia tinha mostrado pouco ofensivamente. Mesmo assim precisou de apenas um vacilo para igualar o marcador. Aos 30, em um poderoso contra-ataque, com boa troca de passes rápido, Ilaix Kourouma deu uma excelente assistência para Hugo Duro, que de frente para o goleiro, bateu de cavadinha e mandou a bola para a rede. 

O gol fez o Valencia equilibrar a partida e ficar presente no campo de ataque em um jogo de alternância. No entanto, o Betis, seguiu com mais finalizações e teve a melhor chance de ir para o intervalo com a vantagem. No lance, aos 43, Canales recebeu em boa posição, bateu e acertou a trave. 

Um jogo de chances claras

O jogo seguiu com uma evolução constante do Valencia que no início do segundo tempo conseguiu ficar com a bola e encurralar o Betis. Apesar disso, faltou tranformar o volume em vantagem no placar. Gonçalo Guedes teve duas boas chances dentro da área, mas faltou capricho. 

O Betis se reorganizou e voltou aparecer bem na partida a partir dos 20 minutos. Juanmi desperdiçou uma grande oportunidade aos 22, quando recebeu ótimo passe de Borja Iglesias e na pequena área acabou chutando fraco e facilitando a ótima defesa de Mamardashvilli. Aos 28, foi a vez de Canales, em bola retomada no ataque, bater da meia-lua e mandar rente à trave.

As equipes alternaram momentos de domínio em um jogo muito intenso. O Betis que quase marcou o segundo. Aos 33, Juanmi fez linda jogada contra Diakhaby, bateu mascado da meia-lua e acertou o pé da trave direita. As melhores chances seguiram para o time da Andaluzia e Fekir perdeu uma chance clarrísima aos 38, quando pegou uma sobra limpa dentro da área e facilitou a defesa absurda de Mamardashvilli. 

A reta final foi completamente louca, com chances para os dois lados. Aos 44, Borja Iglesias recebeu de frente para o gol, bateu de esquerda e foi mais um a parar na ótima atuação de Mamardashvilli. No contra-ataque um minuto depois, o Valencia também teve uma chance clara e Canales finalizou de frente para o gol e parou em defesa de Bravo com os pés. As chances foram desperdiçadas e a final seguiu para a prorrogação. 

Prorrogação com ritmo menor

O Betis que assumiu uma postura mais proativa no início do primeiro tempo da prorrogação. Apesar disso, no contra-ataque, o Valencia deu o primeiro chue certo, aos 5, em trivela de Thierry Correia defendida por Bravo. Com um jogo tão intenso, pela primeira vez, os jogadores passaram a dar sinais de cansaço e o ritmo insano de toda a partida deixou de existir. 

Mesmo com as substtuições, o Betis caiu fisicamente e jogadores como Canales e Fekir mostraram um claro desgaste. Com isso, no segundo tempo, o Valencia foi uma equipe mais dominante e buscou acelerar a partida, no entanto, não encontrou tantos espaços contra o adversário em uma postura mais conservadora. A reta final ainda foi animada, mas a definição do título ficou para os pênaltis. 

Emoção e Betis campeão

Soler abriu as cobranças e colocou o Valencia na frente. O brasileiro William José foi responsável pela primeira cobrança do Betis e também converteu. Racic e Gonçalo Guedes converteram para o Valencia, enquanto Joaquín e Guardado fizeram para o Betis deixando o 3 a 3. 

Um erro só aconteceu na quarta cobrança do Valencia, quando Musah bateu forte e mandou por cima. Então Tello apareceu e colocou o Betis na frente. O capitão Gaya manteve o Valencia vivo. A responsabilidade ficou para Juan Miranda, que converteu e fez explodir o estádio com o enorme e emocionante título do Betis.