São Paulo domina o Santos, goleia no clássico e entra no G4

Calleri pavimentou a goleada do São Paulo no clássico e David ao lado de Alexandre Pato liquidaram o placar em uma atuação de gala no Morumbi. Sem dar nenhuma chance ao Santos, os comandados por Dorival Júnior aplicaram uma vitória soberana por 4 a 1. No apagar das luzes, Marcos Leonardo descontou de pênalti.

O resultado coroou o São Paulo com a volta ao G4. O Tricolor subiu para os 25 pontos e ocupou a quarta colocação. Do outro lado, o time praiano ligou o sinal de alerta para a zona de rebaixamento, caindo para 14°, com 16 pontos.

Toca no Calleri que é gol!

O clássico paulista começou quente, disputado e com pouca inspiração. O Santos até tentou surpreender os tricolores no Morumbi, mas a postura ofensiva durou menos de cinco minutos. O São Paulo cresceu de produção ao longo do primeiro tempo, criou chances e foi efetivo.

Com Luciano atuando com maior presença fora da área, a zona decisiva ficou sob a responsabilidade completa de Calleri. Aos 13, na primeira investida, Méndez lançou e o atacante argentino, sem ângulo, tentou surpreender João Paulo, mas o goleiro santista segurou com tranquilidade. Em seguida, a abertura do placar quase nasceu em contragolpe dos donos da casa, mas Juan errou na hora de acionar Welington e o chute saiu pressionado.

A pressão do São Paulo cresceu em volume até a defesa santista não suportar. Aos 20, Michel Araújo cobrou escanteio, Calleri ficou com a bola no segundo poste, gingou na frente de Joaquim e foi derrubado pelo zagueiro. O próprio atacante chamou a responsabilidade e mandou nas redes, anotando seu quinto gol no Brasileirão e o oitavo na temporada.

O domínio dos comandados por Dorival Júnior não deu trégua e aproveitou o momento instável do Santos para empilhar golpes. Aos 26, Michel Araújo viu João Paulo adiantado e emendou do meio-campo, acertando o travessão e flertando com um gol antológico no clássico.

Do outro lado, o time praiano acusou a dificuldade e não apresentou resistência ao ritmo de jogo adversário. A única finalização perigosa partiu de jogada individual de Mendoza para defesa de Rafael.

O golpe final dos donos da casa ficou reservado para os minutos finais. Com completa liberdade, Alisson carregou a bola, levantou a cabeça e cruzou na medida para Calleri, ainda mais livre, testar no canto de João Paulo.

David e Pato completam a goleada tricolor

Desde os primeiros minutos da etapa final, o São Paulo demonstrou seu ritmo de jogo administrativo. Sem a mesma sede por gols, o Tricolor adotou a cautela com a posse de bola e acelerou as jogadas somente quando o Santos permitiu espaços.

Com um duelo mais equilibrado no segundo tempo, Santos se aventurou em algumas oportunidades ao ataque e apesar de não oferecer riscos à vantagem mandante, criou mais do que nos primeiros 45 minutos. Deivid Washington, opção de Felipe Endres para o ataque, acertou a trave de Rafael na primeira chance de diminuir o placar.

No entanto, ficou para o último terço da partida o fôlego final do São Paulo. De forma avassaladora, os donos da casa atropelaram o Santos e converteram a vitória em goleada. Na primeira chance, Luciano subiu sozinho no meio da área e cabeceou na rede pelo lado de fora. Em seguida, Rodrigo Nestor rolou dentro da área para David, em completa liberdade, só ter o trabalho de empurrar no gol.

O São Paulo não se contentou com o terceiro e colocou o Santos de vez nas cordas. No lance seguinte ao gol, Erison soltou um canhão da entrada da área e carimbou o travessão de João Paulo. 

Ao som de "Olé" vindo das arquibancadas eufóricas do Morumbi,  Alexandre Pato entrou no baile são-paulino e não deixou o ritmo cair. A mesma liberdade oferecida pela defesa adversária nos primeiros gols, também deixou o atacante confortável para assinar o seu na goleada. Em tabela com David, Pato ficou cara a cara com João Paulo e mandou por baixo das pernas do goleiro.

Os três minutos de acréscimo deram ao Santos a chance de diminuir o prejuízo. No último lance do clássico, Deivid Washington acabou sendo calçado por Michel Araújo ao entrar na área e sofreu o pênalti. Marcos Leonardo chamou a responsabilidade em meio ao turbilhão e não decepcionou. Bola de um lado e goleiro de outro no gol de honra do time alvinegro.