A janela de transferências para a Inglaterra se fechou nesta segunda-feira (01) e o Arsenal terminou o mercado sem contratar um reforço para o time principal que jogue na linha. A única contratação da equipe de Arsène Wenger foi para o gol.
Petr Cech, que jogou no Chelsea por mais de uma década, mudou de camisa em Londres em uma transação que fez os Gunners gastarem 15 milhões de euros, como especula a imprensa local.
Além de Cech, a equipe do Emirates investiu também em uma jovem promessa francesa para a base. Por quase 2,5 milhões de euros, Jeff Reine-Adelaide chegou do Lens para defender o time sub-21 do Arsenal.
O meia foi titular da conquista francesa na Eurocopa Sub-17, ainda este ano. Destaque da base, Adelaide ainda não teve oportunidades no profissional.
Wenger, que é conhecido por gastar pouco, manteve o escorpião no bolso e apostou na manutenção da base para a nova temporada.
Lord Harris, um experiente dirigente dos Gunners, já chegou a dizer que o clube tinha dinheiro para investir em "quem Wenger quisesse, menos Ronaldo e Messi", mas o treinador não é muito de gastar.
Se o Arsenal pouco se movimentou no mercado, os rivais seguiram gastando. Ainda em Londres, mas na parte azul, o Chelsea gastou 30 milhões de euros (R$116 milhões na cotação do dia) apenas na contratação do espanhol Pedro Rodríguez.
Os Blues ainda repuseram a saída de Cech com a chegada de Begovic, ex-Stoke City, trouxeram Radamel Falcao García, apostaram nas promessas brasileiras Nathan (que ficará emprestado) e Kenedy, e contrataram ainda o jovem lateral alemão Baba Rahman, o jovem sérvio Danilo Pantic (emprestado ao Vitesse), o zagueiro Papy Djilobodji (ex-Nantes) e Michael Hector, que seguirá no Reading por empréstimo até o final da temporada.
O Manchester City foi quem mais gastou. Os Citizens compraram Raheem Sterling do Liverpool por aproximadamente 62 milhões de euros, Otamendi do Valencia por 45 milhões, e por último a promessa belga Kevin de Bruyne, que custou aos cofres do clube incríveis 75 milhões de euros. Em três nomes, foram gastos 182 milhões de euros, ou cerca de 755 milhões de reais. Haja grana!
O outro time de Manchester, o United, também gastou milhões e mais milhões. Foram R$ 115 milhões por Memphis Depay, 71 em Darmian, 80 em Schweinsteiger e 130 em Schneiderlin. Para completar, os Red Devils, que contrataram ainda o goleiro argentino Romero, gastaram mais de 200 milhões no jovem francês Martial.
Os Reds de Liverpool também movimentaram muitas libras. Quase todo o dinheiro da venda de Raheem Sterling foi gasto em Christian Benteke: mais de R$ 160 milhões. O brasileiro Roberto Firmino não teve o valor confirmado, mas é certo que passou dos 100 milhões de reais. O jovem Danny Ings chegou também para o ataque, mas custou menos, já que tinha contrato perto do fim com o Burnley.
É muito dinheiro, não? Isso só para ficar nos grandes. Até clubes mais modestos contrataram mais que o Arsenal, em valor e também em quantidade. O Stoke City, por exemplo, gastou mais que os Gunners só na contratação de Xherdan Shaqiri, e o Newcastle na de Georginio Wijnaldum.
É claro que, com a base mantida, o time de Wenger segue como um dos mais valiosos não só da Inglaterra, mas do mundo. Mas é raro ver, em um mercado de tantas transações milionárias, uma equipe com poder aquisitivo para contratar "quase qualquer um" gastar apenas em um (grande) goleiro. Se os resultados não vierem, a pressão tende a aumentar no manager que não tira o escorpião do bolso.