O Corinthians pode sofrer uma verdadeira reformulação no meio da temporada, depois da eliminação para o Guaraní na Libertadores. A dupla de ataque formada por Emerson Sheik e Paolo Guerrero está em risco.
A renovação com os dois atacantes veteranos já vinha ganhando ares de novela. Emerson é a saída mais provável no meio do ano, quando encerra seu contrato com o Corinthians. O jogador ganha um dos salários mais altos do elenco, tem 36 anos, e um histórico de polêmicas. Pesa a favor do atacante apenas o apoio de Tite. Roberto de Andrade, presidente corintiano, deixou a decisão por conta da comissão técnica.
"Precisamos sentar para conversar. Primeiro é a parte técnica. Se a comissão técnica achar que tem interesse em renovar, vamos sentar e conversar. Caso contrário, não", explicou.
Mesmo que Tite convença o dirigente da necessidade de contar com Sheik, o jogador terá de se enquadrar em uma nova realidade dentro do Corinthians. O clube passa por crise financeira e não pode arcar com altos custos.
"Quem ganha X não quer ganhar meio X. Vamos mostrar as dificuldades do mercado. É uma realidade. Se eu não consigo pagar, não adianta assumir um compromisso", lamentou o dirigente, ciente que será difícil convencer jogadores a reduzirem os salários.
No caso de Guerrero, a diretoria do Corinthians sempre manifestou o desejo aberto de prolongar o contrato. O problema com o peruano é puramente financeiro, mas não é fácil de ser resolvido. O clube ainda deve salários ao jogador, que quer receber cerca de R$18 milhões em luvas para renovar. Para o atacante, é a última chance de firmar um contrato milionário e existem interessados fora do Brasil.
"Eu tenho quase certeza de que ele tem vontade de permanecer no Corinthians. Se não for renovado é por questões financeiras", resumiu Roberto de Andrade.