O fracasso do Brasil na Copa do Mundo acabou por ser determinante para o retorno de Dunga à seleção brasileira. Gilmar Rinaldi, coordenador de seleções da CBF, revelou ter pensado em Muricy Ramalho, Tite e Marcelo Oliveira, mas a enorme pressão levou a escolha para um nome com experiência no cargo.
Tite acreditava ser o seu momento na seleção pelo sucesso anterior no Corinthians. Muricy Ramalho já foi o favorito e chegou a recusar o cargo quando no Fluminense. Marcelo Oliveira foi credenciado ao cargo por seu trabalho no Cruzeiro. Todos foram avaliados na CBF, mas o 7 a 1 para a Alemanha acabou com as esperanças dos três.
"Primeiro, nós traçamos o perfil (do treinador). Dentro do que pensamos, nós tínhamos três ou quatro nomes. Pelo momento da seleção, pelo que tinha acontecido, eu achei que seria muito difícil treinadores muito capacitados como Muricy, Tite e Marcelo Oliveira chegarem à seleção sem essa experiência de já ter treinado a seleção. Seria difícil. Ia demorar um pouco para entender", explicou Gilmar Rinaldi, em entrevista ao site globoesporte.com.
Dunga, ao contrário dos três, teria o perfil capaz de suportar a pressão. O atual técnico é alvo de críticas na seleção desde sua passagem como jogador, e por isso estaria acostumado com a situação, segundo a avaliação dos dirigentes da CBF.
"Achei que o momento era mais de urgência. Em conjunto (com Marin e Marco Polo), nós fizemos a escolha do Dunga. Ele era o cara certo para o momento certo. Tenho certeza que eles tiveram todas as informações do passado dele. O Dunga tem a cara da Seleção, foi jogador, capitão, vencedor, treinador", defendeu o coordenador de seleções.