O Atlético Mineiro é o campeão da Copa do Brasil. Pela primeira vez na história do clube. Assim como aconteceu no primeiro título da Libertadores, em 2013, a campanha foi recheada de emoção, dramas e milagres. Na final, para coroar (e tirar a tríplice coroa do adversário) a conquista inédita, vitória sobre o maior rival. Após ter vencido na primeira partida, o Galo, mais forte e vingador que nunca, venceu no Mineirão, mesmo diante da maioria cruzeirense, e ficou com o troféu.
Era o Cruzeiro x Atlético mais importante da história. Valia título nacional que seria inédito para o Galo. A vantagem era do Alvinegro, que vencera o primeiro jogo por 2 a 0, no Horto. O Mineirão estava azul, mas a torcida atleticana também se fazia presente. No final, foi a minoria que comemorou.
Pela vivência na competição, a equipe alvinegra começou a partida atacando, sem medo. Foi uma pressão inicial muito forte do Atlético, enquanto os rivais se defendiam.
O pior: se defendiam e não conseguiam sair jogando. Aos 12, Nilton perdeu para Luan. O atacante arrancou e achou Marcos Rocha na cara do gol, mas Fábio saiu bem. No rebote, Tardelli teve oportunidade de marcar, mas mandou para fora. Quase o primeiro.
A grande chance da Raposa na primeira metade esteve nos pés de Ricardo Goulart. Como não conseguia sair jogando, o jeito foi dar chutão. A zaga falhou e Goulart acabou cara a cara com Victor, mas o atacante chutou mal, para fora.
O controle do jogo seguiu sendo do Galo, e Tardelli teve outra boa chance aos 24. Bola na pequena área, mas o atacante acabou batendo de coxa, para fora.
Incrível como o Alvinegro não conseguia marcar. Maicosuel, que havia entrado no lugar do machucado Luan, também teve oportunidade na área. O meia parou em Fábio. No rebote, Dátolo teve a possibilidade, com o goleiro caído, mas chutou por cima da meta.
Assim como aconteceu com o Atlético nas quartas e nas semifinais, o Cruzeiro, além dos 2 a 0 do primeiro jogo, havia saído atrás no placar. Além disso, a equipe de Marcelo Oliveira não jogava bem. A situação teria que ser invertida na segunda metade da partida.
Só que, tecnicamente, o time celeste não estava bem. Eram muitos erros. Além disso, fisicamente a equipe também sentia demais, após ter jogado em gramado pesado no domingo, na partida que valeu o título brasileiro, contra o Goiás.
O Galo, mesmo ganhando, mesmo muito perto do título, continuava a ser mais perigoso. Dátolo por pouco não fez um belo gol de falta, mas a bola acertou ao travessão.
Faltando cerca de dez minutos para o término da partida, os torcedores atleticanos, que viam os rivais irem embora para casa, começaram a gritar campeão. Já era fácil prever: campeão, com justiça. Ainda houve expulsão de Donizete, confusão no fim, dentro e fora de campo, mas nada que apagasse a festa alvinegra.
0-1 | ||
Diego Tardelli 45' |