Alex viveu momentos de angústia depois de sofrer lesão na região lombar em decorrência de entrada de Chicão, no jogo entre Coritiba e Flamengo. O jogador perdeu a sensibilidade da perna direita e temeu pelo pior. Embora não deva carregar sequelas, o meia-atacante prefere pensar apenas em andar sem ajuda e disse que o futebol não é importante no momento.
No momento da dividida com Chicão, Alex sentiu muitas dores, mas seguiu em campo. A sensação foi se tornando pior a ponto do jogador não recordar dos eventos finais da partida. Seguiu para o hospital de cadeira de rodas com medo de não voltar a sentir a perna direita.
"Eu realmente não sentia a minha perna direita, da cintura para baixo. Isso me preocupava bastante. Voltei para Curitiba assim, sem esse movimento. Foram dias de muita apreensão", revelou o veterano.
O dia a dia de Alex tem sido de fisioterapia para recuperar os movimentos. Aos poucos, o meia tem dado passos para voltar a andar sem ajuda e os exames não apontaram lesão grave, logo o jogador não deve ter sequelas. No entanto, em meio ao desespero, Alex só quer saber de ter uma vida normal, com o futebol em segundo plano.
"A minha previsão é poder recuperar o movimento normal de um ser humano qualquer. É poder caminhar. É aquela coisa de bebezinho, sentar e levantar sozinho. Começa engatinhar, começa caminhar e depois vai correr", explicou, antes de dar detalhes sobre o processo lento de recuperação.
"Na sexta-feira não tinha nenhum movimento, a minha sensibilidade era zero. No sábado aumentou um pouquinho a sensibilidade. Os movimentos dos dedos do meu pé direito começaram a ser feitos. No domingo já melhorou um pouquinho. Hoje pela manhã (segunda), na sessão de fisioterapia, quando eu tirei a muleta já consegui fazer algumas coisas sozinho sem a ajuda de um terceiro. Isso já me deixa satisfeito. Não ter que pedir ajuda para a esposa, para amigos e para os filhos. Isso já é um ganho. Agora me imaginar no campo realmente não passa pela minha cabeça nesse momento. Quero ter os meus movimentos naturais, poder caminhar, depois de poder correr, de poder dirigir o meu carro para eu poder fazer as minhas coisas sozinho, sem a ajuda de terceiros", completou.