San Lorenzo vence Nacional e conquista pela primeira vez a Libertadores

O San Lorenzo viveu o momento mais importante de sua mais que centenária história. Após vencer o Nacional do Paraguai, por 1 a 0, o clube, fundado pelo padre Lorenzo Massa e que é o time do Papa Francisco, acabou com a história de ser o único grande da Argentina sem o principal troféu da América e levantou a taça da Libertadores da América. 

Pelo placar de igualdade na primeira partida, as duas equipes precisavam da vitória (lembrando que gol fora não conta mais na final). A chamada "Zebra Guaraní" teve a primeira oportunidade, após saída de jogo errada de Mercier, e acertou a trave de Torrico. Quase.

Nacional é melhor, mas vacila 

Depois do susto, os donos da casa tentaram uma pressão. O time não deixava os visitantes sairem do campo de defesa e conseguiram chutar pela primeira vez com o "Pulmão de Aço", Buffarini, mas o arremate foi alto demais. 

Só que os paraguaios não aceitaram o domínio por muito tempo e não sentiam a pressão. Ao contrário da partida de ida, o Nacional fazia um bom jogo, com personalidade, e dava trabalho.

Só que na defesa, um vacilo foi fatal. Coronel, que era dúvida para o confronto, acabou colocando a mão na bola dentro da área: Sandro Meira Ricci marcou a penalidade. Na cobrança, Ortigoza mandou para as redes e decretou festa no Nuevo Gasômetro. 

Na segunda metade, a tensão foi enorme. Pela primeira vez, um dos dois times chegaria ao topo da América. Ambos sonharam com o momento em toda a história. 

Tensão, mas festa no fim

O San Lorenzo até começou melhor, mas o Nacional logo equilibrou e passou a levar perigo. Os mais de 40 mil argentinos no estádio se revezavam na cantoria dos lances de ataque e no silêncio quando defendiam. 

O empate quase veio com Bareiro, que ficou coma  bola na área e bateu de esquerda. A bola desviou na zaga e saiu. O torcedor argentino respirou. 

Quando surgiu nos alto falantes do estádio o nome de Julio Santa Cruz, a torcida gelou. Santa Cruz marcou nos acréscimos o gol de empate em Assunção. Só que a história não se repetiu.

Nunca mais na Argentina chamarão o San Lorenzo de Clube Atlético Sem Libertadores da América. O San Lorenzo lavou a alma de sua torcida. A noite foi de uma festa sem fim no bairro de Bajo Flores. O sonho virou realidade.