A Copa do Mundo encerrou com saldo mais que positivo, apontada como a melhor dos últimos tempos, um torneio de sonhos. Mas nem tudo foi comemoração. Para algumas seleções, como a brasileira, o Mundial esteve mais para pesadelo.
Preparamos uma lista para recordar as cinco maiores decepções da Copa do Mundo do Brasil, com direito, claro, a participação do anfitrião.
Altas expectativas muitas vezes geram grandes decepções, afinal, quanto mais alto se chega, maior o tombo. E ninguém conquistou mais nos últimos anos que a Espanha, bicampeã da Eurocopa e campeão mundial em 2010. O Brasil foi verdadeiramente um capítulo para ser esquecido para a Fúria.
O choque de realidade veio logo no primeiro jogo. Um massacre da Holanda, por 5 a 1. Um resultado inacreditável, seguido por outra exibição abaixo da média, com derrota por 2 a 0 para o Chile e eliminação antecipada. Um fiasco que poderia bem ter sido o pior da Copa, mas outras seleções fariam sua parte para fazer a decepcionante campanha da Espanha ser esquecida rapidamente.
No "Grupo da Morte", qualquer um poderia dar adeus na primeira fase, sem muita surpresa. Mas é impossível não apontar a campanha da Inglaterra como decepcionante, com apenas um ponto em três jogos.
A estreia foi promissora, apesar da derrota para a Itália, por 2 a 1. O bom futebol até encheu os desconfiados torcedores ingleses de esperança, mas Luis Suárez tratou de transformar a campanha inglesa em um retumbante fracasso ao decidir o segundo jogo a favor do Uruguai, com vitória por 2 a 1. Contra a Costa Rica, apenas um empate e uma despedida sem honra e sem glória.
Enquanto muitos podem dizer que a Inglaterra tem a tradição de trazer seleções medianas e sem muitas expectativas, não se pode falar o mesmo da tetracampeã Itália. Cair na primeira fase da Copa do Mundo é sempre uma decepção para o gigante europeu.
Para piorar a situação da equipe de Cesare Prandelli, a eliminação teve direito a derrota para a Costa Rica, a grande surpresa do Mundial, por 1 a 0. O técnico deixou o cargo de imediato após ter a eliminação selada pelo Uruguai na terceira rodada, com derrota por 1 a 0.
Empolgado com a evolução do futebol africano na década de 90, Pelé chegou a prever um campeão do continente para breve. Os anos se passaram e a África segue sem um representante panteão dos campeões mundiais. No Brasil, a participação africana foi um fracasso total.
Camarões começou a passar vergonha antes mesmo de embarcar para o Brasil, o que ameaçou até não acontecer por falta de acordo com a federação de futebol do país pelo bônus de participação. No campo, a equipe foi a pior da Copa, um tremendo papelão.
Gana tinha time para chegar mais longe, mas pareceu também mais preocupada em brigar pelo prêmio da participação no Mundial. O escândalo do avião carregado de dinheiro foi um dos mais bizarros das Copas. A Nigéria também ameaçou greve, mesmo alcançando as oitavas. Uma vergonha coletiva...
O Brasil tinha motivos de sobra para ser apontado como o grande favorito ao título. Dono da casa, vencedor da Copa das Confederações com vitórias sobre Espanha e Itália, detentor de cinco títulos mundiais e com um time considerado competitivo. O futebol apresentado, no entanto, não esteve à altura em nenhum momento.
Fosse apenas pelas vitórias magras em sem brilho, o Brasil seria uma decepção menor. Mas o que aconteceu nas semifinais foi um verdadeiro desastre, a maior derrota da história da seleção brasileira, talvez o maior vexame da história do futebol mundial e um dos mais inacreditáveis da história mesmo considerando outros esportes.
Aos 30 minutos, contra a Alemanha, o placar marcava já 5 a 0! Não fosse um natural relaxamento, com direito a sentimento de pena e um pacto de não-humilhação, a partida terminaria com contagem de fazer lembrar confrontos contra seleções amadoras da Oceania. Ficou "só" no 7 a 1.
Falta de sorte, defendeu Felipão, afinal o Brasil criou o suficiente para fazer ao menos quatro gols. Uma "fatalidade" para o treinador, mas que ficará para sempre como uma mancha em nossa história. De fato, a derrota só não foi mais vergonhosa do que a insistência do técnico em tentar minimizar o atropelamento na semifinal.
1-7 | ||
Oscar 90' | Thomas Müller 11' Miroslav Klose 23' Toni Kroos 25' 26' Sami Khedira 29' André Schurrle 69' 79' |